Trent Reznor e Dita Von Teese falam sobre o caso Marylin Manson

O músico e produtor Trent Reznor e a ex-mulher de Marylin Manson, Dita Von Teese, falaram sobre o caso de alegados abusos denunciado por Evan Rachel Wood e outras quatro mulheres, no início da semana.

Reznor foi arrastado para o escândalo por um excerto do livro de memórias de Manson, "The Long Hard Road Out of Hell", publicado em 1998, onde é referida uma agressão a uma mulher embriagada levada a cabo pelos dois.

O fundador dos Nine Inch Nails produziu o primeiro álbum de Manson, "Portrait of an American Family", lançado em 1994.

Numa declaração pública, Reznor afirmou sobre o assunto:

Tenho falado abertamente ao longo dos anos sobre a minha antipatia pelo Manson e cortei relações com ele há quase 25 anos. Como disse na época, aquela passagem das memórias do Manson é uma invenção completa. Fiquei furioso e ofendido quando isso foi revelado e ainda hoje continuo a sentir o mesmo.

Em 2009, numa entrevista à Spin, Reznor fora muito claro sobre o que pensava de Manson:

É um tipo malicioso que pisa a cara de qualquer um para ter sucesso e cruza todas as linhas de decência. Vejo-o agora, dependente de drogas e álcool e tornou-se um palhaço embrutecido.

Quanto a Dita Von Teese, que foi casada com Manson, entre 2005 e 2006, diz que ainda está a "digerir as notícias" e fez saber que:

Os detalhes tornados públicos não correspondem à minha experiência pessoal durante os nossos sete anos juntos como um casal. Se assim tivesse sido, não me teria casado com ele, em dezembro de 2005. Deixei-o 12 meses depois devido a casos de infidelidade e ao uso de drogas.

Mason foi identificado a 1 de fevereiro por Evan Rachel Wood como a pessoa responsável pelos diversos abusos, físicos e psicológicos, que a atriz referiu há cinco anos. Agora, outras quatro mulheres juntaram-se à atriz, apontaram casos semelhantes e confirmaram Mason como sendo o agressor.

Entrevistada pela Rolling Stone, em 2016, Wood limitara-se a dizer que se tratava de alguém proeminente e responsabilizou os abusos de que foi vítima como "um de muitos factores" que contribuíram para a sua tentativa de suicídio aos 22 anos.

Na única reação até ao momento, Manson diz que tratam de "horríveis distorções da realidade, e que os seus "relacionamentos íntimos foram sempre inteiramente consensuais".

Como consequência deste caso, o músico perdeu as ligações profissionais com a agência de talentos CAA, que o representava, e com a editora Loma Vista Recordings que afirma não querer voltar a trabalhar com Manson.