Publicado em 13 Nov. 2022 às 11:24, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Cinema Norte-Americano, Celebridades, Bastidores)
O ator pretende limpar o seu nome e alega danos na carreira após o acidente em que morreu a diretora de fotografia Halyna Hutchins.
A tragédia da produção de "Rust" ainda não terminou. Alec Baldwin, ator e produtor no pequeno western independente, apresentou uma queixa por negligência contra a equipa de filmagens com a intenção de limpar o seu nome.
O processo dá entrada a poucos dias do desfecho do inquérito das autoridades à morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, vítima do disparo acidental de um revólver empunhado por Baldwin.
Os alvos do processo que deu entrada num tribunal de Los Angeles são a responsável pelas armas, Hannah Gutierrez Reed, o primeiro assistente de realização, David Halls, a responsável pelos adereços, Sarah Zachry, e o fornecedor de armas e munições, Seth Kenney, e respetiva empresa.
No texto da queixa, o advogado lista os alegados erros cometidos: incorreta verificação das munições e da arma antes de ser entregue ao ator, e o facto de não ter sido informado do comportamento imprudente de Guetierrez Reed fora das filmagens. Reclama, igualmente, de danos que o caso terá provocado na carreira de Baldwin.
No início de outubro, quase um ano após o acidente no rancho Bonanza, nos arredores de Santa Fé (estado do Novo México, EUA), Baldwin anunciara um acordo com os representantes da cineasta britânica, a inclusão do marido da vítima, Matthew Hutchins, como produtor executivo do filme e o reinício das filmagens de "Rust" em janeiro de 2023.
A decorrer está outro processo, da anotadora Mamie Mitchell, contra Baldwin e outros elementos da equipa. Mitchell estava ao lado de Hutchins e do realizador, Joel Souza (que sofreu ferimentos ligeiros) quando o revólver foi disparado.
Baldwin tentou retirar o seu nome desta queixa, mas viu o pedido negado pelo tribunal.
Gloria Allred, advogada de Mitchell, qualifica a nova queixa de Baldwin como "uma tentativa vergonhosa de transferir as culpas para outros" e aconselha-o a assumir "responsabilidade pelos seus atos".
O próximo desenvolvimento cabe à procuradora de Santa Fé que decidirá se irá agir criminalmente em relação aos envolvidos.