Cartaz de cinema

Começa hoje a Volta a França do Covid-19

Publicado em 29 Ago. 2020 às 12:32, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries (Temas: Primeiro olhar)

Começa hoje a Volta a França do Covid-19

Os canais Eurosport transmitem todas as etapas em direto, desde o quilómetro zero até à meta, de 29 de agosto a 20 de setembro.

Após vários meses de paragem e muita incerteza devido à pandemia mundial de COVID-19, de 29 de agosto a 20 de setembro cumpre-se a 107.ª edição da Volta a França, prova rainha do ciclismo.

À semelhança de anos anteriores, o Eurosport garante a cobertura em direto de cada etapa, do quilómetro zero até à meta. No estúdio em Portugal estará o habitual trio de comentadores, Luís Piçarra, Paulo Martins e Olivier Bonamici, complementados pela análise antes e depois das etapas dos especialistas, Alberto Contador, Bradley Wiggins, Juan Antonio Flecha e Sean Kelly.

Horários de início das emissões no Eurosport 1

  • Etapa 1 (sábado, 29 de agosto): 12h55
  • Etapa 2 (domingo, 30 de agosto): 12h15
  • Etapa 3 (segunda-feira, 31 de agosto): 11h05
  • Etapa 4 (terça-feira, 1 de setembro): 12h20
  • Etapa 5 (quarta-feira, 2 de setembro): 12h05
  • Etapa 6 (quinta-feira, 3 de setembro): 10h55
  • Etapa 7 (sexta-feira, 4 de setembro): 12h20
  • Etapa 8 (sábado, 5 de setembro): 12h25
  • Etapa 9 (domingo, 6 de setembro): 12h00
  • Dia de descanso (segunda-feira, 7 de setembro)*

* O Eurosport ainda não divulgou os horários de emissão das etapas após o primeiro dia de descanso

O Tour 2020 será a primeira das grandes voltas de três semanas a ir para a estrada, à frente de Giro e Vuelta. Por ser a corrida mais importante da temporada, e o calendário de competição ser mais curto, a expectativa é grande para ver em que condição chegam os ciclistas às exigentes estradas de França e como se comportam durante o extenso percurso.

O pelotão terá de percorrer 3 470 quilómetros, divididos em 21 etapas, com dois dias de descanso, numa corrida praticamente discutida no sul do país e com muita montanha.

O arranque, ou "Grand Départ" acontece em Nice e estão previstas passagens pelas cinco cadeias montanhosas do território: Alpes, Maciço Central, Pirenéus, Jura e Vosges, terminando três semanas mais tarde, como é tradição, nos Campos Elísios, em Paris.

Pelo meio, os ciclistas terão de superar:

  • 9 etapas em linha
  • 3 etapas de média montanha
  • 8 etapas de alta montanha com chegada em alto (Orcières-Merlette, Puy Mary, Grand Colombier, Méribel Col de la Loze)
  • 1 contrarrelógio individual (20.ª etapa – 36 quilómetros entre Lure e La Planche des Belles Filles)

A ligação do Eurosport à Volta à França começou em 1991. Em 2017, o Eurosport transmitiu pela primeira vez a totalidade das etapas do primeiro ao último quilómetro.

 

Fortes medidas de segurança, menos gente e uma regra arriscada

Este ano, a pandemia obrigou a mudanças importantes na organização da Volta a França. A organização do Tour solicitou aos espetadores que usem máscara quando estiverem a assistir à corrida.

Um laboratório acompanhará a caravana e promete dois testes ao SARS-Cov-2 a cada corredor, antes do arranque de cada etapa e em cada dia de descanso, com resultados conhecidos no máximo em duas horas.

Serão igualmente criadas "bolhas" para cada equipa, de modo a evitar ao máximo o contacto com o exterior e o protocolo em torno dos pódios foi reduzido com a presença de pessoas reduzida ao essencial.

O Tour 2020 reduziu ainda o número de pessoas envolvidas diariamente na prova. Entre corredores, equipas técnicas, parceiros, organizadores, patrocinadores e outros trabalhadores haverá apenas 3 000 pessoas, ao contrário das habituais 5 000.

Os ciclistas não vão estar autorizados a interagir com os adeptos, sendo obrigatório o uso de máscara nas áreas comuns.

A regra mais polémica que a organização do Tour impôs determina a exclusão da equipa da prova caso duas ou mais pessoas da formação apresentem sintomas suspeitos, ou tenham testado positivo à COVID-19. A medida aplica-se não apenas aos ciclistas, mas também ao pessoal das equipas. Algo que pode ter um efeito imprevisível no desfecho da corrida.

Desde o início da pandemia, foram registados em França mais de 230 mil casos de COVID-19, havendo a lamentar a morte de mais de 30 mil pessoas.

 

Bernal defende o título

O colombiano Egan Bernal, vencedor da Volta a França 2019, apresenta-se este ano com vontade de renovar o título. Vai liderar uma INEOS sem Cris Froome, quatro vezes vencedor do Tour, e sem Geraint Thomas, vencedor em 2018. Froome, que no final da temporada vai mudar-se para a Israel Start-Up Nation, correrá a Volta a Espanha, entre 20 de outubro e 8 de novembro, enquanto Thomas terá como objetivo a Volta a Itália, de 3 e 25 de outubro.

O esloveno Primoz Roglig é apontado como um dos grandes rivais de Bernal quanto à vitória no Tour. No entanto, Van Aert, Tom Dumoulin, Roman Bardet, Elia Viviani, Peter Sagan, Richard Carapaz, Esteban Chaves, Adam Yates, Greg Van Avermaet, Nairo Quintana, Julian Alaphilippe, Pello Bilbao, Mikel Landa ou Soren Anderson são outras das estrelas que têm confirmada a sua participação nesta edição.

Nélson Oliveira é o único português na lista de inscritos para a corrida.

 

Primeiras impressões de Olivier Bonamici, um dos comentadores de ciclismo do Eurosport

Eurosport 2020 - ciclismo

O francês que integra a equipa de comentadores da Eurosport Portugal pensa que "neste Tour talvez possamos assistir em direto ao fim da hegemonia da INEOS. Ou não. Poderá haver uma passagem de testemunho entre INEOS e Jumbo-Visma. Apesar da qualidade das equipas, será muito difícil bater alguém como Bernal, ou Roglic. Mas, no contexto especial da COVID-19, será muito complicado adivinhar o que pode acontecer durante as três semanas do Tour".

Quanto à nova regra que prevê a exclusão de prova das equipas com dois ou mais membros infetados com COVID-19, diz Bonamico que parece "uma medida muito arriscada. E se houver contágio no pelotão? E se houver sete equipas infetadas? Continuará a haver corrida? Julgo que é algo que pode ter um impacto enorme na corrida. Ao contrário do futebol, em que um jogo entre duas equipas pode ser adiado, o Tour não. Terá de continuar ou ser cancelado."