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Horários das etapas da Volta à França 2023 no Eurosport

Publicado em 28 Jun. 2023 às 19:34, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries

Horários das etapas da Volta à França 2023 no Eurosport

O canal vai emitir a totalidade das etapas em direto, de 1 a 23 de julho.

De 1 a 23 de julho corre-se a 110.ª edição da Volta a França, a prova mais célebre do ciclismo mundial e um dos eventos desportivos mais mediáticos do planeta.

Os 3 404 quilómetros do Tour vão estar em direto no Eurosport. Durante três semanas, o canal vai emitir todas as etapas do quilómetro zero até à meta, em mais de 100 horas de emissão, em direto.

Da equipa que vai acompanhar a prova no local constam os antigos ciclistas profissionais, Alberto Contador, Phillipe Gilbet, Jens Voigt, Robbie McEwan e Adam Blythe.

Em Portugal, a equipa de comentadores surge na máxima força com os habituais Luís Piçarra, Paulo Martins, Olivier Bonamici, José Azevedo, Gonçalo Moreira e Frederico Bártolo.

Antes da partida, o espectáculo de apresentação das equipas tem transmissão garantida no Eurosport 1, na quinta-feira, 29 de junho, a partir das 17h30.

Percurso e horários das partidas

  •     01/07 – Etapa 1: Bilbao – Bilbao – 182 km | acidentada | emissão Eurosport a partir das 11h54
  •     02/07 – Etapa 2: Vitoria/Gasteiz – San Sebastián – 209 km | acidentada | emissão Eurosport a partir das 11h55
  •     03/07 – Etapa 3: Amorebieta/Etxano – Bayonne – 193,5 km | plana | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     04/07 – Etapa 4: Dax – Nogaro – 182 km | plana | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     05/07 – Etapa 5: Pau – Laruns – 163 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     06/07 – Etapa 6: Tarbes – Cauterets-Cambasque – 145 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 13h00
  •     07/07 – Etapa 7: Mont-de-Marsan – Bordeaux – 170 km | plana | emissão Eurosport a partir das 13h00
  •     08/07 – Etapa 8: Libourne – Limoges – 201 km | acidentada | emissão Eurosport a partir das 12h15
  •     09/10 – Etapa 9: Saint-Léonard-de-Noblat – Puy de Dôme – 182,5 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 13h00
  •     10/07 – Dia de Descanso
  •     11/07 – Etapa 10: Saint-Ours-les-Roches (Vulcania) – Issoire – 167,5 km | acidentada | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     12/07 – Etapa 11: Clermont-Ferrand – Moulins – 180 km | plana | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     13/07 – Etapa 12: Roanne – Belleville-em-Beaujolais – 169 km | acidentada | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     14/07 – Etapa 13: Châtillon-Sur-Chalaronne – Grand Colombier – 138 km | montanha | 13h30
  •     15/07 – Etapa 14: Annemase – Morzine les Portes du Soleil – 152 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     16/07 – Etapa 15: Les Gets les Ports du Soleil – Saint-Gervais Mont Blanc – 179 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     17/07 – Dia de Descanso
  •     18/07 – Etapa 16: Passy – Combloux – 22,4 km | contrarrelógio individual | emissão Eurosport a partir das 12h45
  •     19/07 – Etapa 17: Saint-Gervais Mont Blanc – Courchevel – 166 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 12h00
  •     20/07 – Etapa 18: Moûtiers – Bourg-em-Bresse – 185 km | acidentada | emissão Eurosport a partir das 13h00
  •     21/07 – Etapa 19: Moirans-en-Montagne – Poligny – 173 km | plana | emissão Eurosport a partir das 13h00
  •     22/07 – Etapa 20: Belfort – Le Markstein – 133,5 km | montanha | emissão Eurosport a partir das 13h00
  •     23/07 – Etapa 21: Saint-Quentin-em-Yvelines – Paris – 115,5 km | plana | emissão Eurosport a partir das 16h00

 

A Grande Partida no País Basco espanhol

Tour de France 2023

Pela segunda vez na sua história, o Tour arranca no País Basco espanhol, com uma etapa de 182 quilómetros a começar e terminar em Bilbau. Seguem-se mais dois dias na região onde os ciclistas vão encontrar as típicas colinas com subida curtas e inclinadas, antes de cruzarem a fronteira para França.

Já em estradas francesas, a competição passa este ano pelas cinco cadeias montanhosas do país: Pirenéus, Maciço Central, Jura, Alpes e Vosges.

O ponto mais alto da corrida situa-se na Col de la Loze, a 2 304 metros, durante a 17.ª etapa, a 19 de julho.

Destaca-se ainda o regresso ao Tour do vulcão Puy de Dôme, 35 anos depois, com o pelotão a rolar por estradas que estiveram cortadas ao público.

Ao contrário do que aconteceu no Giro, onde o esforço individual surgiu por três vezes, a prova francesa aposta num único contrarrelógio, na 16.ª etapa, numa distância de 22,4 quilómetros.

A corrida termina a 23 de julho, como é habitual, em Paris, com a meta na Avenida dos Campos Elísios.

 

Pogačar ou Jonas Vingegaard?

Não é difícil apontar os favoritos deste ano. O dinamarquês Jonas Vingegaard, da equipa Jumbo-Visma apresenta-se após triunfos na Volta à Galiza, Volta ao País Basco, Critérium du Dauphiné e com um pódio na Paris-Nice.

Já o esloveno Tadej Pogačar, da UAE, procura a terceira vitória no terceiro Tour e chega após ter ganho a Volta à Andaluzia, o Paris-Nice, a Volta à Flandres, a Amstel Gold Race e a Flèche Wallone. Veremos como se apresenta depois da queda que sofreu em abril e resultou na fratura dos ossos de uma mão.

 

Os portugueses no Tour

Este ano, o pelotão do Tour conta com três portugueses. Nelson Oliveira (Movistar), Ruben Guerreiro (Movistar) e Rui Costa (Intermarché – Circus – Wanty). O mais veterano é Costa, o antigo campeão do mundo que, aos 36 anos faz a 11.ª participação na corrida francesa, agora numa nova equipa. Quem também participa no Tour com nova equipa é Ruben Guerreiro. O herói da montanha no Giro 2020 estreia-se na prova com as cores da Movistar, ao lado do especialista em contrarrelógios, Nelson Oliveira.

 

O regresso de Bernal

Egan Bernal regressa à Volta a França após dois anos de ausência. O ciclista colombiano da INEOS Grenadiers, vencedor do Tour 2019 e do Giro 2021, viu a sua carreira interrompida por um acidente grave em janeiro de 2022, durante um treino de pré-temporada nos arredores de Bogotá, na Colômbia. A colisão com um autocarro provocou-lhe múltiplas fraturas, incluindo numa rótula e num fémur, e a perfuração de um pulmão. Submetido a várias cirurgias chegou a temer-se que não pudesse regressar à alta competição.

 

E Cavendish, chega ao record das 35 vitórias?

Um dos recordes mais famosos do Tour pode cair nesta edição. Mark Cavendish compete pela 14.ª e última vez na Volta a França com os olhos postos numa vitória de etapa. O sprinter nascido na Ilha de Man, que agora corre pela Astana, soma 34 triunfos em etapas no Tour, igualando o recorde do lendário Eddy Merckx. Caso consiga a 35.ª vitória passará a ser detentor de um recorde muito difícil de superar.

 

As etapas

A etapa 1, de 185 quilómetros, terá cinco subidas classificadas, três nos últimos 45 quilómetros. Final difícil que será marcado pela Côte de Pike, com 2 quilómetros a 10% antes da descida para Bilbao onde, antes da meta a estrada volta a subir para os 5,4% no último quilómetro.

O percurso de 210 quilómetros da etapa 2 inclui cinco subidas classificadas. A derradeira, o Jaizkibel, com 8,2 quilómetros a 5,3%, aparece 25 quilómetros antes da vertiginosa descida em direção à meta em San Sebastián.

A etapa 3 é de transição entre o País Basco espanhol e francês. Estrada plana pontuada por uma ou outra ligeira ascensão. Partida de Amorebieta e uma mais que provável chegada ao sprint em Bayonne.

Um cenário semelhante deverá ocorrer na etapa 4 com a chegada a dar-se no circuito automobilístico Paul Armagnac em Nogaro.

A entrada nos Pirinéus dá-se na etapa 5 com partida de Pau. A meio do percurso surge a primeira montanha de categoria especial, o Col de Soudet, 15,2 km a 7,2% de pendente média onde a maior dificuldade vem na segunda metade da subida. Antes da meta, é preciso ultrapassar a 1.ª categoria do Mont de Marie Blanque, 7,7km a 8,6% de média com o troço mais duro a aparecer outra vez nos metros finais. Depois, restarão menos de 20 quilómetros até à meta em Laruns.

No dia seguinte, repete-se o cenário de montanha com a etapa 7 a incluir a 1.ª categoria do Col d'Aspin (12 km a 6,5%), a famosa subida ao Col du Tourmalet (categoria especial 17,1 km a 7,3%) e final outra vez de 1.ª categoria, em Cauterets-Cambasque (16 km a 5,4%).

Espera-se um dia mais calmo na etapa 7 que termina em Bordéus com outra oportunidade para os sprinters.

A calma deve continuar no arranque da etapa 8 onde só os últimos 75 quilómetros são acidentados com três pequenas subidas de 3.ª e 4.ª categoria antes dos cinco quilómetros planos que antecedem a meta.

No dia seguinte, a etapa 9 marca o regresso ao Puy de Dome que não aparecia no Tour desde 1988. Num dia de sobe e desce, os 13,3 quilómetros da subida final propõem uma pendente média de 7,7%.

Após o primeiro dia de repouso, a etapa 10 repete o cenário de subidas e descidas constantes pontuadas por cinco prémios de montanha de 3.ª e 2.ª categoria. A derradeira fica dentro dos 30 quilómetros finais. Depois, é sempre a descer até à meta.

Na etapa 11, tudo indica que terminará numa discussão ao sprint após um dia quase sempre plano.

A etapa 12, regressa à sucessão de pequenas subidas e descidas, cinco delas categorizadas até à estreia de Belleville-en-Beaujolais como chegada no Tour de France.

Espera-se que o feriado nacional de França seja de grande espectáculo no Tour. Primeira de três tiradas consecutivas de alta montanha, a relativamente curta etapa 13 chega às montanhas do Jura com um final após a subida ao Grand Colombier (17,4 km a 7,1%).

A etapa 14 inclui mais cinco subidas categorizadas. O Col de Saxel (4,2 quilómetros a 4,6%), o Col de Cou (7 quilómetros a 7,4%) e o Col du Feu (5,8 quilómetros a 7,8%) aparecem na primeira metade do percurso. Depois, aparece o Col de la Ramaz (13,9 quilómetros a 7,1%). A última grande dificuldade montanhosa será a categoria especial do Col de Joux Plane 11,6 km a 8,5%). Quando chegarem ao topo, os ciclistas terão de enfrentar 12 quilómetros de descida até à meta.

Com poucos troços planos, a etapa 15 inclui duas três primeiras categorias (uma delas coincidente com a meta), uma montanha de segunda, outra de terceira e ainda uma mão cheia de pequenas subidas que não contam para o classificação. Tudo termina na estância de ski de Saint-Gervais Mont-Blanc, com 7 km a 7,7%.

Ao segundo dia de repouso sucede o único contrarrelógio da edição 2023 do Tour. Serão 22,4 km com 2,5 km de subida a 9,4%.

O percurso da etapa 17 vai de Saint-Gervais Mont-Blanc até ao altiporto nas montanhas acima de Courchevel. O final inclui o brutal Col de la Loze. Os últimos 600 metros de desnível são de 10,8%. Inclui as duas primeiras categorias de Col des Saises (13,4 km a 5,1%) e Cormet de Roselend (19,9 km a 6%) antes da segunda categoria do Côte de Longefoy (6,6 km a 7,6%). Quando chegarem à categoria especial do Col de la Loze, uns gigantescos 28 km com uma pendente média de 6% e um topo a 2 304 metros de altitude, faltarão menos de sete quilómetros para a meta.

Espera-se um dia de relativa calma para a etapa 18, quase sempre plana. Fuga ou sprinters?

Não é bem uma etapa plana, mas a verdade é que esta etapa 19 terá poucas dificuldades de monta para os ciclistas. A primeira chegada de sempre a Poligny, que ocorre numa longa reta de oito quilómetros deverá, em teoria, ser discutida num sprint em pelotão.

O último dia para resolver a classificação geral ocorre na região montanhosa dos Vosges, entre Belfort e a estância de ski de Le Markstein numa daquelas curtas etapas de montanha que o Tour tem popularizado. Só nos primeiros 80 quilómetros o percurso vai obrigar à passagem pelo Ballon d'Alsace (11,5 quilómetros a 5,2%), Col de la Croix des Moinats (5,2 quilómetros a 7%), Col de Grosse-Pierre (3,2 quilómetros a 8%) e Col de la Schlucht (4,3 quilómetros a 5,4%).

Após uma descida ao vale, segue-se o Petit Ballon (9,3 quilómetros a 8,1%) antes da última grande montanha da edição 2023 do Tour de France, a subida ao Col du Platzerwasel (7,1 quilómetros a 8,4%). Cumpridas estas dificuldades, sobram oito quilómetros até à chegada.

Tudo termina a 23 de julho com a etapa de consagração, 115 quilómetros com chegada aos Campos Elíseos, em Paris.

 

Foto: A.S.O./Charly Lopez