Publicado em 13 Ago. 2020 às 02:10, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Cinema Português, Box office)
A nova campanha publicitária #VamosAoCinema, que hoje tem início, visa convidar os portugueses a retomar o hábito de ir às salas de cinema.
As empresas do setor do cinema uniram esforços para mais uma campanha que pretende trazer os portugueses de volta às salas de cinema. O mote é #VamosAoCinema e a campanha arranca hoje em vários canais de comunicação, desde a televisão ao digital, passando pela rádio, com a colaboração de atores e realizadores como Anabela Teixeira, António-Pedro Vasconcelos, Carla Chambel, Diogo Morgado, João Nuno Pinto, Joaquim de Almeida, Leonel Vieira, Lúcia Moniz, Maria João Bastos, Miguel Gonçalves Mendes, Sérgio Graciano e Vicente Alves do Ó.
As peças centrais de comunicação serão três spots onde Nuno Markl é o ator principal e interage com outros espectadores numa sala de cinema "Clean&Safe".
De acordo com Paulo Santos, diretor-geral da FEVIP - Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais, que tem sido o porta-voz da distribuição e exibição cinematográfica neste período da Covid-19 - lembre-se que no final de maio considerou "irrealista" e "irresponsável" a reabertura dos cinemas a 1 de junho - a campanha #VamosAoCinema é:
Um convite que pretende envolver todos os portugueses no regresso às salas de cinema. Todos os cinemas que já se encontram abertos cumprem as regras de higiene e segurança impostas pela DGS, estando, por isso, aptos e à espera de poder receber todos os apaixonados pela experiência de ver um filme no grande ecrã. Queremos que as pessoas regressem às salas e experienciem algo único que só o cinema consegue oferecer: risos, lágrimas, emoção, adrenalina... e às vezes tudo isto num só filme. E, além de satisfazerem um forte desejo, estão também a contribuir para que este setor da cultura consiga recuperar a robustez de outrora. No fundo, este projeto tem objetivos muito concretos: contribuir para a estabilidade social e económica do país e, principalmente, para a manutenção de uma oferta cultural democrática e diversificada.
As salas de cinema portuguesas fecharam em março na altura do confinamento generalizado e têm vindo a reabrir progressivamente, com normas e procedimentos de acordo com o determinado pela Direção-Geral de Saúde, incluindo mudanças nos horários das sessões e redução no número máximo de espectadores permitido em cada sala.
Desde então, o número de espectadores mantém-se baixo, com quebras superiores a 90% em comparação com o período anterior à pandemia - apesar de uma tendência de subida que se regista a cada semana.
A falta de novos filmes, sobretudo dos grandes títulos norte-americanos - tradicionais durante o verão - aliada ao receio da doença, contribuem para uma situação grave no setor a nível mundial. "Tenet", de Christopher Nolan, três vezes adiado nos últimos meses, terá a responsabilidade de testar as águas e receber a primeira reação do público a um lançamento de peso.
Também previstos para breve estão "Os Novos Mutantes" e "The King's Man: O Início". De fora desta tentativa de recomeço ficou a Disney que preferiu jogar pelo seguro e lançar "Mulan" na sua plataforma de streaming, Disney Plus, provocando calafrios na exibição que vê em risco o tradicional modelo de janelas temporais que permite separar e dar primazia clara aos lançamentos em sala.