Publicado em 14 Dez. 2016 às 00:11, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Elenco, Cinema Norte-Americano)
"Rogue One: Uma História de Star Wars" é o primeiro de uma nova série de filmes do universo Star Wars. Segue um grupo de heróis improváveis que se une para para roubar os planos da temida Estrela da Morte, a nova arma de destruição do Império, um evento-chave na cronologia de Star Wars.
"Os episódios I a VII acompanham a família Skywalker e contam uma história contínua. Os novos filmes podem ocorrer em qualquer lugar na cronologia dos acontecimentos, vão apresentar novas personagens e explorar uma grande variedade de géneros", afirma Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm e produtora de Star Wars.
Quando chegou a hora de escolher a história certa para liderar esta nova série de filmes, Kathleen Kennedy encontrou-a através de John Knoll, o chefe criativo da ILM e supervisor de efeitos visuais em vários filmes da saga Star Wars como "A Ameaça Fantasma", "O Ataque dos Clones" e "A Vingança dos Sith".
Uma das inspirações de John Knoll surgiu da cena inicial de "Uma Nova Esperança". Neste filme, as naves espaciais rebeldes tiveram a sua primeira vitória contra o Império. Durante a batalha, espiões rebeldes conseguiram roubar os planos secretos para a arma final do Império, a Estrela da Morte.
Quem eram esses espiões rebeldes e como conseguiram roubar os planos secretos da arma final do Império? Com base nestas perguntas simples, John Knoll começou a formular uma ideia.
"Este é um período depois do Episódio III e da erradicação dos Jedis, onde alguns sobreviveram e conseguiram esconder-se", afirma John Knoll. "É antes de Obi-Wan regressar e de Yoda reaparecer. Uma era em que os cidadãos comuns são chamados a intervir e mostrar o seu heroísmo".
Já a seguir, apresentamos esses "cidadãos comuns", os seus principais opositores e os actores que os interpretam.
De acordo com a tradição de Star Wars, "Rogue One: Uma História de Star Wars" coloca, uma vez mais, uma mulher forte, leal e determinada, como protagonista da história. Para interpretar JYN ERSO, a impetuosa e obstinada personagem que se junta à Aliança Rebelde para executar uma missão arriscada, os produtores voltaram-se para Felicity Jones, uma das jovens atrizes mais talentosas do Reino Unido, nomeada para os Oscares como secundária pelo seu papel em "A Teoria de Tudo".
Abandonada muito nova, Jyn Erso é criada por Saw Gerrera, um rebelde fora-da-lei. Já na idade adulta, a determinada altura volta a estar novamente sozinha no mundo. Ao descrever as características da sua personagem, Felicity Jones diz que "no início do filme, é muito independente. É alguém que não sabe seguir regras e está sempre a testar limites."
De acordo com Kathleen Kennedy, "Felicity é uma atriz brilhante e dá uma sensação de confiança e importância a tudo o que faz, trazendo ao mesmo tempo diversão. Tem revelado a força de que estamos à procura nas personagens femininas de Star Wars."
O papel de CASSIAN ANDOR, um respeitado oficial da Aliança, obrigava a um ator com talento e experiência, capaz de transmitir inteligência, força, determinação e ainda vulnerabilidade. Alguém como Diego Luna.
Ao início, Cassian aparenta ser apenas um oficial rebelde dedicado e implacável, mas à medida que a história avança, é possível perceber que também tem um passado interessante. "Torna-se perceptível que Cassian teve uma relação com o Império no passado. Perdeu membros da família e isso mexeu de certa forma com ele. Quando se encontra com Jyn, está a seguir ordens, mas à medida que a história avança, ambos descobrem que têm muito mais em comum do que pensam", diz Kathleen Kennedy.
Sobre a relação de Jyn e Cassian, Gareth Edwards diz: "Quando Cassian e Jyn se encontram pela primeira vez, nenhum deles quer trabalhar em equipa. Cassian preferia estar sozinho e Jyn também."
A missão deles não é fácil e as hipóteses de sucesso são ínfimas, mas para Cassian e Jyn, esta viagem pessoal tem uma reviravolta inesperada, como conta Felicity Jones: "Jyn desconfia de Cassian. É destacada para ir numa missão com alguém que não conhece. É naturalmente cautelosa com ele. Ambos são parecidos porque são obstinados. Não se tornam imediatamente nos melhores amigos, mas passam por muito juntos. Há uma amizade verdadeira e um grande respeito até ao final do filme."
CHIRRUT ÎMWE é o monge cego que Jyn encontra quando chega com Cassian a Jedha. Apesar da cegueira, Chirrut vê tudo. É um hábil guerreiro que consegue ler o que está nos corações daqueles que o rodeiam. Para interpretar este papel os produtores escolheram um especialista em artes marciais e um dos atores mais populares da Ásia, Donnie Yen. Numa época em que a Força está quase esquecida e os poucos Jedis vivo estão escondidos, Chirrut é uma voz solitária que continua a acreditar.
"Chirrut é um verdadeiro crente da Força e prega isso mesmo", diz Donnie. Durante todo o filme, incentiva e motiva os membros da sua equipa a terem fé e a continuarem a acreditar na Força."
BAZE MALBUS, um soldado pragmático e ótimo atirador, cresceu com Chirrut e seguirá o seu melhor amigo até ao fim do universo. Sobre a sua personagem, o ator Jiang Wen diz, "Baze adora Chirrut, acredita e confia nele. Têm um relacionamento muito próximo desde crianças, e por isso, mesmo tendo personalidades muito diferentes, existe um vínculo real e Baze fará qualquer coisa por ele. E os amigos de Chirrut são seus amigos."
BODHI ROOK é um piloto de naves de carga que trabalha para o Império, mas muda de rumo ao ser confrontado com uma dura verdade. Riz Ahmed, que interpreta Bodhi, diz sobre a sua personagem: "Gareth Edwards descreveu Bodhi como um homem num filme de guerra que não devia estar lá".
Na equipa são todos soldados, ou guerreiros e no meio existe este homem que está lá por acaso, mas percebe que tem de melhorar e tornar-se valioso. É um homem comum, alguém com quem o público se pode identificar.
Felicity Jones diz sobre a relação entre Bodhi e Jyn, "Subconscientemente durante o filme, Jyn está a formar uma equipa e quando se depara com Bodhi, não se apercebe logo de que há uma ligação entre eles. Jyn é muito empática e não gosta de ver ninguém a sofrer, por isso instintivamente quer ajudá-lo e esse é o início da sua ligação e amizade."
"Rogue One: Uma História de Star Wars" tem o seu droide criativo e especialmente concebido. O K-2SO é um guarda da segurança imperial reprogramado para ser fiel à Aliança. É interpretado por Alan Tudyk que, com a ajuda da captura de movimento, traz sentido e ritmo cómico para dar vida a este droide.
Alan Tudyk explica o lugar da personagem na história: "O K-2 foi construído pelo Império, mas Cassian reprogramou-o. Tinha um apagador de memória, mas não era totalmente eficaz, por isso, agora é mais infantil e diz coisas socialmente inadequadas, ou ofensivas, sem se aperceber. É como uma criança que diz tudo o que pensa."
SAW GERRERA é, provavelmente, a personagem mais complexa deste enredo história e, talvez, a mais peculiar já vista no universo Star Wars. Para interpretar este papel, o realizador e argumentis Gareth Edwards escolheu Forest Whitaker, que diz sobre a sua personagem: "Saw é muito claro sobre aquilo em que acredita. É essa crença que pensa ser a solução para ganhar a guerra antes que o seu mundo seja destruído e está disposto a fazer o que julgue necessário para salvar o seu povo e livrá-lo da maldade e escravidão do Império".
"É Saw Gerrera que resgata Jyn e a cria como se fosse a sua própria filha. No entanto, Saw é uma figura solitária, um homem que rejeitou o Senado por não acreditar na sua eficácia e optou por lançar a sua própria campanha contra o Império", acrescenta o ator.
Sobre a relação de Jyn e Saw, Felicity diz: "Saw Gerrera é a pessoa mais próxima de uma figura parental que Jyn tem. Não tendo os seus pais consigo, teve de aprender a ser auto-suficiente e Saw Gerrera mostrou-lhe que para além de ter que confiar em si própria, também devia ter convicções fortes e saber defendê-las. Quando Jyn e Saw se conhecem, há uma ligação incrível entre eles, uma proximidade e um vínculo. Mas também há um atrito. Jyn está a tentar criar o seu próprio caminho."
O DIRETOR ORSON KRENNIC desempenha um papel fundamental na história de Star Wars. Está por trás da criação da Estrela da Morte, uma arma que permitirá ao Império assumir o controlo da galáxia, através do medo.
Ben Mendelsohn aceitou interpretar esta personagem. Como se compete contra o grande vilão, Darth Vader? A resposta é: não se compete. Por isso, Ben e a equipa criativa do filme decidiram encaminhar o novo vilão de Star Wars numa direção diferente, mas igualmente ameaçadora.
"Krennic acredita muito no Império", diz Ben. "Vê-o como uma forma de manter a ordem e pensa que o Império está sempre certo. Mas pertence às colónias externas, é alguém que traçou o seu próprio caminho. Não é da classe de oficiais, mas chegou onde chegou, porque é orientado, consegue fazê-lo e sabe disso."
GALEN ERSO, interpretado por Mads Mikkelsen, é o pai de Jyn e um cientista brilhante. Um dos maiores sábios de renome da galáxia, Galen é um talentoso teórico, matemático e físico experimental que está a trabalhar num projeto de pesquisa ultra-secreto para o Império, sob o olhar atento do Diretor Krennic.
Mads, ao descrever a relação entre Galen e Krennic, diz: "Krennic é um homem de poder que está convencido de que existe uma solução para o problema que toda a galáxia está a enfrentar. E essa solução passa a ser o projeto que precisa da experiência de Galen. Galen está preso não só no seu trabalho, mas também nas ambições de Krennic."
"Rogue One": Uma História de Star Wars" chega aos cinemas portugueses na próxima quinta-feira, 15 de dezembro.