Cartaz de cinema

William Hurt morre aos 71 anos

Publicado em 13 Mar. 2022 às 21:55, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Obituário)

William Hurt morre aos 71 anos

O ator de "O Beijo da Mulher-Aranha", "Gorky Park", ou "Uma História de Violência", morreu este domingo, na sua casa.

William Hurt morreu este domingo, informou a família. Numa comunicação, um dos filhos do ator fez saber que:

"É com grande tristeza que a família Hurt lamenta a morte de William Hurt, pai amado e actor vencedor de um Oscar, a 13 de março de 2022, uma semana antes do seu 72.º aniversário. Morreu pacificamente, entre a família, de causas naturais." A família pede privacidade."

Em maio de 2018 fora revelado que o actor tinha cancro terminal da próstata.

Nascido em Washington, aluno da famosa escola de artes Julliard, onde foi colega de Robin Williams e Christopher Reeve, iniciou-se no teatro, em 1977.

Após pequenas participações em séries de televisão, estreia-se no cinema em 1980, no thriller de ficção científica "Viagens Alucinantes" (Altered Senses), de Ken Russell.

Um ano depois, foi o advogado seduzido por Kathleen Turner em "Noites Escaldantes" (Body Heat), de Lawrence Kasdan, realizador com que voltaria a trabalhar em 1983 no papel de um dos "Amigos de Alex" (The Big Chill), ao lado de outros nomes grandes da sua geração como Tom Berenger, Jeff Goldblum, Glenn Close e Kevin Kline.

Nesse ano, apareceria ainda no drama de espionagem "Gorky Park" (de Michael Apted) como o polícia que investiga um triplo homicídio em Moscovo e acaba envolvido numa conspiração internacional.

Seguiram-se três nomeações seguidas para o Oscar de melhor ator. Primeiro por "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco (nomeação que venceria), depois pelo trabalho em "Filhos de Um Deus Menor", de Randa Haines, e por "Edição Especial", de James L. Brooks (se o nome não lhe diz nada, viria a ser um dos criadores de "Os Simpsons").

Mantendo ligação próxima ao teatro, receberia uma nomeação para os Tony Awards em 1985, por "Hurlyburly", peça escrita por David Rabe sobre a vida de um grupo de atores que tenta sobreviver nas franjas de Hollywood.

Trabalharia novamente com Lawrence Kasdan em "Turista Acidental" (1988), num reencontro também com Kathleen Turner e ao lado de Geena Davis.

Nos anos 90, continuou a encontrar grandes papéis com grande cineastas, primeiro ao lado de Mia Farrow em "Alice", de Woody Allen, e depois em "Até ao Fim do Mundo", de Wim Wenders.

Em 2005, dez minutos de ecrã bastaram-lhe para regressar às nomeações para os Óscares pela interpretação de um chefe criminoso em "Uma História de Violência", de David Cronenberg.

Participou ainda em filmes como "A.I. Inteligência Artificial", de Steven Spielberg, "A Vila", de M. Night Shyamalan, ou "O Bom Pastor" de Robert DeNiro.

Os mais jovens conheceram-no como o General Thaddeus Ross em cinco filmes da Marvel, de "O Incrível Hulk", a "Viúva Negra".

Entre os seus últimos papéis estão a série "Goliath" e o filme "The King's Daughter".