Cartaz de cinema

Versão digital de James Dean no elenco de filme sobre cães abandonados no Vietname

Publicado em 9 Nov. 2019 às 12:44, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Celebridades, Bastidores)

Versão digital de James Dean no elenco de filme sobre cães abandonados no Vietname

É tão estranho como parece. Uma produtora assegurou junto de familiares e representantes de James Dean os direitos para colocar uma versão digital do ator no elenco do filme "Finding Jack", cuja ação de passa durante a guerra no Vietname.

Estrela em ascensão do cinema dos anos 50, James Dean morreu num acidente de automóvel em 1955, quando tinha apenas 24 anos. Na sua carreira, teve papeis relevantes em apenas três filmes, "Fúria de Viver", "A Leste do Paraíso" e "O Gigante".

Anton Ernst e Tatiana Golykh realizam "Finding Jack", adaptação do livro do sul-africano Gareth Crocker sobre Fletcher Carson, um soldado deprimido que, durante uma missão, resgata um labrador gravemente ferido. Fletcher trata os ferimentos do cão, dá-lhe o nome de Jack e, com a ajuda do animal, recupera lentamente a vontade de viver. Quando, no final da guerra, o governo dos EUA anuncia que todos os cães usados pelas forças militares não serão transportados para casa, Fletcher recusa obedecer à ordem.

A versão digital de James Dean interpretará o papel de Rogan, um comandante de pelotão.

Os realizadores e produtores garantem que todos os esforços serão feitos para respeitar o legado de Dean. O trabalho de digitalização da imagem do ator será feito pela empresa sul-africana de efeitos especiais e pós-produção, MOI Worldwide, com experiência sobretudo na criação de anúncios publicitários, e pelos canadianos da Imagine Engine que, no currículo, têm trabalhos em séries como "A Guerra dos Tronos", "The Mandalorian", da Lucasfilm, e ainda em filmes como "Deadpool" e "Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald".

O início da pre-produção está previsto para 17 de novembro. Prevê-se que o filme chegue às salas de cinema em novembro de 2020.

A utilização de imagens geradas por computador (que deu origem à sigla em inglês, CGI) para trazer de volta atores que já morreram, ou para alterar o aspeto dos que estão vivos, provoca acesso debate, mas não é novidade.

Em 2013, uma Audrey Hepburn em CGI apareceu no anúncio de um chocolate, e a Lucasfilm recorreu a versões digitalizadas de Peter Cushing e Carrie Fisher nos recentes filmes "Star Wars". O último caso, envolve o filme "O Irlandês", de Martin Scorsese, onde tecnologica digital foi usada para rejuvenescer os atores Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci.

Mark Roesler, o CEO da CMG Worldwide, que representa o legado de James Dean e de centenas de outras individualidades, onde se incluem nomes de atores e atrizes como David Niven, Burt Reynolds, Christopher Reeve, Ingrid Bergman, Bette Davis, ou Jack Lemmon, ou mesmo líderes dos direitos civis, como Rosa Parks, ou Malcolm X, vê nisto uma oportunidade de negócio: "Com a tecnologia em rápida evolução, vemos isto como uma nova fronteira para muitos dos nossos clientes mais icónicos. Algo que abre uma nova oportunidade para muitos dos nossos clientes que já não se encontram entre nós."