Publicado em 14 Fev. 2015 às 19:39, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Cinema Asiático, Festivais de cinema)
O filme foi rodado em segredo no interior de um taxi pelo próprio realizador que está proibido de filmar pelo governo iraniano.
A longa metragem "Taxi", do realizador iraniano Jafar Panahi, venceu a 65ª edição do Festival de Cinema de Berlim. A história de um motorista de táxi e dos seus passageiro, onde Panahi desempenha também o papel de condutor do veículo, recebeu elogios praticamente unânimes da crítica presente no certame.
"Taxi" foi produzido e realizado em segredo, desafiando a proibição do governo iraniano que, baniu Panahi de toda a atividade artistica.
Para Pahani, o Urso de Ouro de melhor filme, em Berlim, é o culminar de uma série de distinções no festival alemão que incluíram o prémio recebido em 2013 para o melhor argumento por "Closed Courtain" (Pardé), e o Grande Prémio do Juri, em 2006, por "Fora-de-Jogo" (Offside).
O júri, presidido pelo realizador de "Noé" e "Cisne Negro", Darren Aronofsky atribuiu ainda o prémio para a melhor atriz a Charlotte Rampling e o de melhor ator a Tom Courtenay, ambos protagonistas de "45 Years", de Andrew Haigh, o drama de um casal cujas preparações para o 45º aniversário de casamento são abaladas por um acontecimento inesperado.
O Urso de Prata para a melhor realização teve dois vencedores ex aequo, o romeno Radu Jude, por "Aferim!"- um drama histórico passado no século XIX-, e a polaca Malgorzata Szumowska, por "Body" (Cialo).
O Grande Prémio do Juri distinguiu "El Club", do chileno Pablo Larraín.
O Prémio Alfred Bauer, que distingue novas perspetivas artísticas foi para "Ixcanul", do guatemalteco Jayro Bustamente.