Publicado em 1 Feb. 2025 às 10:17, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Cinema Norte-Americano, Bastidores)
Os herdeiros de Joseph Schuster, criador da personagem, apresentaram uma ação judicial que reclama a devolução dos direitos de exploração em países como o Canadá, Reino Unido, Irlanda e Austrália.
Os gestores do património de Joseph Schuster, criador da personagem Super-Homem, interpôs uma ação judicial contra a Warner Bros. Discovery e a DC Comics, numa tentativa de impedir o lançamento do novo filme do herói em alguns países. O processo foi apresentado esta semana num tribunal de Nova Iorque e visa salvaguardar os direitos exclusivos do património do falecido Joseph Schuster.
Alegam que as empresas estão a explorar o personagem Super-Homem em países como o Canadá, o Reino Unido, a Irlanda e a Austrália sem autorização. Segundo o processo, as leis de direitos de autor em países com tradição jurídica britânica preveem a reversão automática dos direitos de exploração 25 anos após o falecimento do autor. Schuster morreu em 1992 e Jerome Siegel em 1996, o que significa que os direitos relativos à personagem já teriam regressado aos donos originais.
Em 1938, Schuster e Siegel venderam os direitos mundiais do Super-Homem por meros 130 dólares.
A Warner Bros. Discovery prepara o lançamento do novo filme do Super-Homem em julho, com David Corenswet no papel principal, Rachel Brosnahan como Lois Lane, Nicholas Hoult como Lex Luthor e María Gabriela de Faría interpretando The Engineer. A ação judicial reclama indemnizações e uma ordem judicial que proíba a estreia nos territórios afetados.
Entre os pedidos que deram entrada no tribunal está ainda a realização de um julgamento com júri, para determinar a extensão dos prejuízos e dos lucros obtidos.
Um porta-voz da Warner Bros. Discovery afirmou que a empresa discorda dos argumentos apresentados e que irá defender os seus direitos com rigor. Não é a primeira vez que surgem disputas judiciais envolvendo os direitos de autor do Super-Homem, mas a questão da reversão automática dos direitos em países de tradição jurídica britânica só foi suscitada recentemente.