Publicado em 19 Fev. 2018 às 16:32, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries (Temas: Cinema Português)
O realizador de "Cartas de Guerra" apresenta a série "Sul" no mercado de coproduções do festival alemão.
Ivo M. Ferreira volta ao Festival de Berlim, dois anos depois do sucesso de "Cartas de Guerra". E faz história no certame, com a primeira série televisiva portuguesa a ser selecionada para a muito disputada "CoPro Series Pitches" de 2018.
"Sul", uma produção Arquipélago Filmes com realização de Ivo M. Ferreira, foi uma das oito séries escolhidas, entre candidatas do mundo inteiro, para se apresentar no mercado de coproduções da Berlinale.
Policial negro, em dez episódios, que leva ao meio televisivo a espessura cinematográfica, será a série mais cara da produção nacional no corrente ano. Conta com o apoio financeiro do ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual) e em Portugal tem estreia prevista para 2019, na RTP.
Escrita por Edgar Medina e Guilherme Mendonça, parte da descoberta do cadáver de uma mulher na margem do rio Tejo, durante um verão de calor paralisante. A crise económica e social não poupou ninguém, dos centros de emprego apinhados de gente, aos leilões de imóveis penhorados e à Quinta Patino.
A câmara leva o espectador numa viagem alucinada entre as igrejas evangelistas e os bastidores do poder político, aos escritórios de advogados influentes, aos bancos falidos e ao branqueamento de capitais.
Adriano Luz encabeça o elenco, na pele de um inspector da Polícia Judiciária niilista e socialmente incapaz. A banda sonora tem a carismática batida dos Dead Combo.
A 21 de fevereiro, "Sul" será apresentada a uma audiência de cerca de 300 conceituados produtores internacionais, agentes de vendas, distribuidores, operadores de televisão e organismos de financiamento audiovisual, no CoPro Series, secção do Co-Production Market da Berlinale.
De lembrar que, em 2016, "Cartas da Guerra" teve estreia mundial na competição oficial da Berlinale.
No mesmo ano, o filme haveria de arrecadar nove prémios Sophia da Academia Portuguesa de Cinema, com triunfos nas categorias de Melhor Filme, Melhor Realizador, para Ivo M. Ferreira, e Melhor Argumento Adaptado, para Ivo M. Ferreira e Edgar Medina.