Publicado em 1 Set. 2013 às 17:52, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries
Ainda existe um macaco em cada um de nós? A série do NGC analisa os comportamentos de cada espécie e dá a resposta.
Os macacos e os humanos têm as mesmas atitudes no que diz respeito à sedução ou a conquistar o sexo oposto? Dois homens que se conhecem pela primeira vez parecem chimpanzés a tentar estabelecer o seu domínio?
A 9 de setembro, às 21h10, o NGC estreia "Primatas", uma série documental que olha para os nossos antepassados como primatas para perceber a interação humana e a nossa dinâmica social.
Não só os humanos partilham 98% do código genético com os macacos, como também partilham alguns dos instintos mais básicos. Em três episódios são exploradas as batalhas humanas diárias pelo poder, pelo território e pelo sexo e comparadas com as ações dos nossos primos macacos através de experiências divertidas, imagens de câmaras escondidas, imagens da vida animal e da análise de peritos na matéria.
Em primeiro lugar vamos aprender que encontrar um parceiro no mundo dos primatas não é tão diferente como o "curtir" na nossa selva urbana. "Primatas" dá um olhar sobre os encontros amorosos do mundo humano e compara-os com a corte e rituais de acasalamento no mundo dos macacos. Os espectadores vão poder ver como um homem que lança olhares rápidos para o peito de uma mulher, ou uma mulher que lança olhares sedutores e leves sorrisos a um homem podem estar surpreendentemente próximos da maneira como os macacos reagem nestas mesmas situações.
Mas o documentário não fica por aqui. No mundo dos primatas, os machos são programados para responder a fêmeas férteis e, ao que parece, o mesmo acontece entre os humanos. Similar à maneira como o traseiro de um macaco fêmea dilata e ruboriza na altura da ovulação, os lábios e bochechas de uma mulher ficam mais rosa e até o seu cheiro natural é diferente nesta altura.
A psicóloga Miriam Law Smith convida um grupo de homens para demonstrar que, como os macacos, não podem evitar de se sentirem mais atraídos por estes sinais subtis de fertilidade. Surpreendentemente, 100% dos sujeitos testados sentiram-se mais atraídos pelo aroma de uma mulher na altura da ovulação do que pela sua irmã gémea idêntica que não se encontra no período fértil.
Ainda no documentário, os espectadores vão poder ver experiências desenhadas para fazer aparecer o macho alfa que existe em cada um.
A especialista em primatas, Charlotte Uhlenbrooke, explica que "o fundamental que cada indivíduo pode fazer para aumentar o seu status é parecer maior".
Comparando imagens da vida animal de um grupo de chimpanzés com imagens de câmaras escondidas de um grupo de homens que se conhecem pela primeira vez, os espectadores vão poder comprovar as fascinantes similaridades à medida que os chimpanzés colocam o pêlo para cima para parecerem maiores e os homens, inconscientemente, alargam os ombros, colocam as cabeças mais elevadas e fazem arrojados contactos visuais para estabelecerem a superioridade logo nos primeiros segundos em que se conhecem.
Finalmente, não importa se uma pessoa tem um milhão de seguidores no Twitter ou apenas 50 amigos no Facebook, o nosso desejo de sermos populares surge com a necessidade instintiva de que as outras pessoas gostem de nós. Ao observar dois jovens estagiários que pensam estar a candidatar-se para trabalhar ao lado de uma estrela de rock, podemos ver como a escalada social, a apresentação física e o engano são atitudes usadas numa base diária.
Da mesma forma, câmaras escondidas numa sala de aula apanham crianças a esconderem doces enquanto a professora não está a olhar, atitude idêntica a um grupo de chimpanzés que tenta conseguir o que quer quando o macho alfa está de costas viradas.
Ao observar o mundo dos primatas e ao colocá-lo lado-a-lado de idênticas experiências sociais com humanos, a série "Primatas" consegue explorar as raízes dos nossos comportamentos mais básicos mostrando o nosso macaco interior.
"PRIMATAS: O Macho Alfa": segunda-feira, 9 de setembro, às 21h20
Com todos os benefícios que advêm do estatuto de macho alfa, não surpreende que os machos primatas trabalhem tão arduamente para chegar ao topo. Mas não são apenas os nossos primos chimpanzés que estão em constante luta pelo poder. Desde o andar determinado dos líderes mundiais à postura dominante de um CEO, até às subtis lutas diárias pelo poder, este episódio explora como os instintos primitivos permanecem, e como – tal como na selva – todos os relacionamentos humanos são uma batalha em que no objetivo é tornarem-se os reis.
"PRIMATAS: Estabelecer Ligações": segunda-feira, 9 de setembro, às 22h10
Impelidos pelo instinto primitivo da reprodução, é claro que quando falamos de sexo, os primatas querem divertir-se uns com os outros tanto quanto o fazem. Mas com toda essa promiscuidade não podemos ser como eles… ou podemos? A verdade é que – tal como os primatas – todas as nossas preferências, estratégias e decisões na vida são dominadas por instintos sexuais ancestrais com que não estamos familiarizados. Este episódio explora a forma como toda a atração humana tem as suas raízes no mundo dos primatas e como os rituais de corte e acasalamento são semelhantes. Prepare-se para ficar surpreendido com a extensão que o sexo ocupa no nosso cérebro!
"PRIMATAS: Alpinistas Sociais": quinta-feira, 12 de setembro, às 23h00
A vida de um primata é um grande concurso de popularidade – e nós não somos diferentes. Quer o seu objetivo seja chegar ao topo ou apenas acompanhar, não consegue sobreviver sem o seu grupo. Para um primata ser excluído equivale a uma sentença de morte, e nos humanos, o medo da rejeição pode ser uma verdadeira paranóia. Desde pequenos que fazemos o que está ao nosso alcance para sermos aceites, mesmo que isso signifique mentir, manipular e esconder as nossas verdadeiras intenções. Este episódio explora como estas táticas primitivas podem levá-lo ao topo e tirá-lo da prisão e ver quem está a imitar quem.
"Primatas" estreia segunda-feira, 9 de setembro, às 21h20, no National Geographic Channel