Regras para a reabertura dos cinemas

O conjunto de regras e normas exigidas para a reabertura das salas de cinema em Portugal a partir de 1 de junho foi disponibilizado esta quinta-feira pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) a partir de orientações fornecidas pelo Ministério da Cultura (MC), em colaboração com a Direção Geral da Saúde.

Abaixo segue um resumo dessas regras que podem ser consultadas na íntegra nos sites do ICA e MC.

Os cinemas deverão:

• Sensibilizar os espectadores para o cumprimento das regras da lavagem correta das mãos, etiqueta respiratória e restantes medidas definidas pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

• Implementar um plano de limpeza e desinfeção regular das instalações que deve incluir
• a limpeza e desinfeção periódica das superfícies;
• aumento da frequência da limpeza e desinfeção das instalações sanitárias e dos pontos que são mais vezes tocados pelos espectadores e funcionários.
• A higienização completa das salas antes da abertura de portas e logo após o final de cada sessão.

• Assegurar a manutenção dos sistemas de ventilação, caso existam, devendo o funcionamento ser efetuado sem recirculação de ar.

• Os bilhetes devem ser, preferencialmente, adquiridos por via eletrónica e antecipadamente, no dia anterior à sessão.

• O pagamento dos bilhetes deve privilegiar a utilização de meios de pagamento sem contacto (transferência bancária, pagamento por referência bancária, cartão bancário, ou outro equivalente).

• Os lugares ocupados deverão ter um lugar de intervalo entre espetadores que não sejam coabitantes, sendo que na fila seguinte os lugares ocupados deverão ficar desencontrados.

• Obrigação de utilização de máscara de proteção por parte dos espectadores.

• Organizar as áreas de espera e de atendimento por forma a evitar a formação de filas, garantindo o distanciamento de 2 metros entre pessoas que não sejam coabitantes, através da sinalização de circuitos e marcações físicas de distanciamento.

• As entradas e saídas de pessoas devem ter circuitos próprios e separados.

• O período de abertura de portas deve ser alargado.

• O público deve entrar na sala por ordem de fila, no sentido do ecrã para a entrada da sala, devendo a saída ser organizada em sentido inverso.

• Sempre que possível, as portas de acesso devem permanecer abertas para evitar que sejam tocadas pelos espectadores.

• Eliminar ou reduzir os pontos de estrangulamento de passagem.

• Não devem existir intervalos durante as sessões. Quando tal não seja possível, a duração do intervalo deve ser reduzida ao mínimo indispensável, recomendando-se aos espectadores que permaneçam sentados até ao reinício da sessão.

• Deve ser garantida a higiene e segurança dos funcionários dos cinemas através da medição de temperatura à chegada; promover a desinfeção dos materiais usados.

Maioria das salas não revelou intenções de reabrir no início de junho

Apesar da autorização, nem todas as salas de cinema vão regressar a 1 de junho. Até ao momento, apenas as salas da Medeia, Castello Lopes, Cinema Ideal, Espaço Nimas e Dolce Vita Ovar anunciaram a reabertura que decorrerá em diferentes datas entre 1 e 10 de junho.

Os maiores exibidores nacionais, com a NOS Cinemas à cabeça, ainda não se pronunciaram. Um representante do setor qualificou a decisão de reabrir as salas a 1 de junho como "irrealista" e "despropositada" reclamando 2 de julho como uma altura mais propícia por estar mais próxima dos primeiros grandes lançamentos de produções norte-americanas.