Publicado em 20 Jul. 2022 às 21:51, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Festivais de cinema)
A 16.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa tem lugar entre 6 e 12 de setembro.
Foram ontem apresentadas as primeiras novidades da 16.ª edição do MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa que decorrerá no Cinema São Jorge de 6 a 12 de setembro.
Este ano, o MOTELX alarga-se ainda a mais espaços da cidade, como o Teatro São Luiz, o Convento São Pedro de Alcântara e o Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.
Um dos destaques é a estreia nacional de "Coupez", do francês Michel Hazanavicius, filme que abriu a última edição do Festival de Cannes. Entre o terror e a comédia, o remake do japonês "One Cut of Dead", protagonizado por Romain Duris e Bérénice Bejo, segue a equipa de rodagem de um filme de baixo orçamento sobre zombies que sofre um ataque de verdadeiros mortos-vivos.
Também em estreia nacional, o gore extra forte do mais recente giallo do mestre italiano do terror Dario Argento, "Occhiali neri" (Óculos Escuros), que o reúne com a filha Asia e recupera as marcas autorais do seu legado na história de uma acompanhante que fica cega e tenta escapar à perseguição de um assassino em série.
A habitual vista panorâmica sobre a produção mundial do terror e do fantástico é servida por "Holy Spider", de Ali Abbasim, outro filme da seleção oficial de Cannes, "Huesera", de Michelle Garza Cervera (México, Peru, 2022), "Hunt", de Lee Jung-jae (Coreia do Sul), ou "Wolfskin", de Jacques Molitor (Luxemburgo, 2022).
À selecção oficial juntam-se os portugueses "Criança Lobo" (2022), de Frederico Serra, um folk horror com estreia mundial na 16.ª edição do MOTELX, sobre uma lenda numa assustadora aldeia portuguesa, e ainda "Os Demónios do Meu Avô" (2022), de Nuno Beato, a primeira longa-metragem de animação stop motion feita em Portugal.
Em paralelo, será lançado o livro "O Quarto Perdido do MOTELX - Os Filmes do Terror Português (1911-2006)", sobre a cinematografia de terror lusitana, e exibido "Os Crimes de Diogo Alves" (1911), de João Tavares, o primeiro filme de terror português com materiais fílmicos, numa sessão que terá acompanhamento musical ao vivo por um grupo da Escola Superior de Música de Lisboa com música de Bernardo Sassetti.
Está ainda previsto um dia especial dedicado ao FILMar - o projecto executado pela Cinemateca Portuguesa e pelo fundo europeu EEA Grants, que visa restaurar e digitalizar cinema relacionado com o mar -, em torno da temática "Terror e Mar", com retrospectivas e debates.
Nas sessões especiais, estão previstos "A Praga" (Brasil, 2021), filme que esteve perdido e foi recentemente restaurado, do "pai" do cinema de terror brasileiro, José Mojica Marins (1936-2020), e "A Última Praga de Mojica" (Brasil, 2021), de Cédric Fanti, Eugênio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira, sobre o resgate deste filme do criador da personagem Zé do Caixão, um agente funerário sádico que aterrorizou os espectadores a partir de 1964, quando estreou "À Meia Noite Levarei Sua Alma".
A competição mais importante do festival, dedicada às curtas-metragens nacionais, mostra 12 filmes a concurso, como "Cemitério Vermelho" (2022), de Francisco Lacerda, "Matrioska" (2021), de Joana Correia Pinto, "Quando a Terra Sangra" (2022), de João Morgado, e "Uma Piscina" (2021), de Carolina Aguiar.
Ainda antes da abertura oficial do Motelx 2022, estão previstos três eventos, a realizar de de 1 a 3 de setembro:
A projecção de "O Fauno das Montanhas" (Portugal, 1926), de Manuel Luís Vieira (1885-1952), com música interpretada ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa no jardim do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, em colaboração com o programa FILMar e a Cinemateca Portuguesa.
Para comemorar o centenário de "Nosferatu" (Alemanha, 1922), de F.W. Murnau (1888-1931), o MOTELX oferece também uma experiência sonora e visual imersiva em torno do imaginário do filme, no Convento São Pedro de Alcântara.
Por fim, no Largo Trindade Coelho, haverá uma sessão de cinema ao ar livre com o filme "O que Fazemos nas Sombras" (Nova Zelândia, 2014), de Jemaine Clement e Taika Waititi.