Publicado em 28 Jan. 2017 às 23:00, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Oscars, Bastidores)
A proibição de entrada a cidadãos de países muçulmanos nos Estados Unidos está a preocupar a academia norte-americana de cinema.
Numa declaração oficial citada este sábado pela imprensa, um porta-voz dos organizadores dos Óscares disse:
"A Academia celebra as conquistas na arte do cinema, que procura transcender fronteiras e comunicar com audiências de todo o mundo, sem olhar a nacionalidade, etnia, ou diferenças religiosas. Como apoiantes dos cineastas - e dos direitos humanos de todos os povos - por todo o globo, consideramos extremamente preocupante que Asghar Farhadi, realizador do filme iraniano vencedor de um Óscar, 'Uma Separação', bem como o elenco e restante equipa do filme 'O Vendedor' nomeado para a edição deste ano, possam ser impedidos de entrar no país devido à sua religião, ou nacionalidade."
Sexta-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que impede a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana durante os próximos 90 dias.
A medida poderá ser ampliada, de acordo com fonte da Casa Branca citada pela CNN.
Os paises afetados são o Iémen, o Irão, o Iraque, a Líbia, a Síria, a Somália e o Sudão.
Quinta-feira, a atriz Taraneh Alidoosti, uma das protagonistas de "O Vendedor", já tinha feito saber que não estaria presente na gala de entrega dos Óscares em protesto contra a atitude de Trump que considera "racista".