Publicado em 3 Ago. 2020 às 16:35, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Cinema da América-Latina, Ciclos de cinema)
As longas do realizador pernambucano vão estar em cartaz nas salas portuenses.
O Cinema Trindade, no Porto, vai exibir as longas-metragens do realizador pernambucano Kleber Mendonça Filho (KMF) ao longo do mês de agosto.
O ciclo tem início com "Bacurau", de 2019, que estará em exibição de 6 a 27 de agosto. O mais recente filme de KMF, dirigido em parceria com Juliano Dornelles, conta a história de uma pequena vila no sertão pernambucano e começa pouco depois da morte da matriarca, D. Carmelita, aos 94 anos. Os habitantes descobrem que a localidade desapareceu dos mapas. Uma sucessão de acontecimentos insólitos leva-os a deduzir que se encontram sob ataque. Falta identificar o inimigo e criar uma estratégia de defesa. Um Brasil distópico, retratado num improvável cruzamento de géneros cinematográficos que remete para o presente.
A acompanhar estas sessões será também exibido o documentário "Bacurau no Mapa", 61 minutos de um mergulho nas gravações e pré-produção do filme "Bacurau". Com imagens exclusivas, os realizadores Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles mostram como fizeram do filme um sucesso junto do público e da crítica.
A 13 de agosto é a vez de "Aquarius" (2016), onde Clara (Sonia Braga) é a habitante do último prédio de estilo antigo entre oa arranha-céus da Avenida da Boa Viagem, em Recife, de frente para o mar. Jornalista aposentada e escritora, viúva com três filhos adultos e dona de um aconchegante apartamento repleto de discos e livros, ela irá enfrentar as investidas de uma construtora que tem outros planos para aquele terreno.
A 20 de agosto, o Cinema Trindade exibe "O Som ao Redor", de 2012, um olhar sobre a vida numa rua de classe média na zona sul do Recife, alterada após a contratação de uma milícia que oferece segurança privada. Porém, se a presença destes homens traz tranquilidade à vida de alguns, para outros é causa de tensão e mal-estar…
A 27 de agosto, "Crítico" segue os questionamentos pessoais de quem está situado na indústria cultural tanto como cineasta, como também observador da arte e da indústria do audiovisual. Os registos começaram em 1998 e seguiram até 2007, ocorridos no Brasil, EUA e Europa, com cineastas e críticos do mundo inteiro. Trata-se de uma janela para uma arte cada vez mais julgada por mecanismos de mercado e que luta para permanecer humana tanto no fazer, como no observar.