Cartaz de cinema

O que a crítica norte americana diz sobre "Os Jogos da Fome"

Publicado em 20 Mar. 2012 às 22:01, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Cinema Norte-Americano)

O que a crítica norte americana diz sobre "Os Jogos da Fome"

Em estreia mundial esta semana, "Os Jogos da Fome" está a gerar expectativas muito altas. Nos Estados Unidos, a crítica não é unânime, mas a maioria gostou do que viu.

Uma consulta rápida aos dois mais importantes agregadores de críticas de cinema deixa antever um tom positivo em relação a "Os Jogos da Fome".

No Rotten Tomatoes, com um âmbito mais alargado, a percentagem de aprovação é de 90% (com base em 70 opiniões). Já no Metacritic, que tem um critério mais restrito quanto aos média que agrega, as críticas positivas descem para os 73% (com base num universo de apenas 20 opiniões).

Em comparação com os filmes das outras duas séries que tinham como alvo o público juvenil, há diferenças significativas.

A série "Harry Potter" foi avaliada positivamente no Rotten Tomatoes entre os 78% (para "A Ordem da Fénix") e os 96% ("Os Talismãs da Morte - Parte 2"). O painel mais exigente do Metacritic faz descer a taxa de aprovação para uma janela entre os 63% ("A Câmara dos Segredos") e os 87% ("Os Talismãs da Morte - Parte 2").

Quanto a "Twilight", o cenário é totalmente diferente. Apenas 49% como melhor resultado no Rotten Tomatoes (para o primeiro filme e "Eclipse") e 25% como pior (na primeira parte de "Amanhecer"). Curiosamente, os resultados no Metacritic são superiores. Oscilam entre os 44% de "Lua Nova e os 58% de "Eclipse".

 

O que dizem os críticos

Melissa Anderson do Village Voice afirma que: "tal como o livro, o filme, mesmo com quase duas horas e meia de duração, move-se com rapidez e mantém-nos interessados".

O decano da crítica norte americana, Roger Ebert no artigo que escreveu para o Chicago Sun-Times refere que "Os Jogos da Fome" é: "entretenimento eficaz com Jennifer Lawrence forte e convincente no papel de protagonista" mas aponta também algumas falhas quando "evita a oportunidade que a ficção científica confere para exercer alguma crítica social".

Lisa Schwarzbaum, da Entertainment Weekly considera o filme uma "honrada, musculada e inabalável adaptação do livro de Collins. Brutal quando precisa de o ser, em particular nas sequências em que as crianças lutam e sangram."

Do lado dos que não gostaram do filme, Andrew O'Hehir do site Salon queixa-se de que "a narrativa não se aguenta, nem faz qualquer sentido, excepto como um conto de fadas básico sobre a passagem de uma jovem à idade adulta e um triângulo amoroso incipiente".