Publicado em 15 Jan. 2014 às 15:26, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Bastidores, Cinema Norte-Americano)
Não é só o uso recorrente do palavrão, nem a cena com o lançamento de anões. Há outros problemas que o filme sobre o magnata da bolsa dos anos 80 tem de enfrentar. E há cortes e censura para todos os gostos, consoante a região.
O mais recente filme de Martin Scorsese, "O Lobo de Wall Street", enfrentou vários problemas para estrear da forma pretendida pelo realizador. Nos EUA, alguns detalhes foram eliminados para assegurar a classificação R de "restricted" e evitar o degrau seguinte, o NC-17, muito perto do rótulo de filme pornográfico.
Noutros países, o problema está a ser ainda pior. Com quase seiscentos palavrões começados pela letra F, inúmeras cenas de sexo e a presença saltitante de drogas recreativas de toda a espécie, "O Lobo de Wall Street" foi banido do feliz Nepal e da islâmica Malásia.
A India não verá a orgia gay, nem a manifestação onanista de Jonah Hill e nada de Leo DiCaprio a usar uma palhinha para soprar pó branco pela extremidade de uma senhora. Ah, e se viajar para a India evite dizer "todas as freiras são lésbicas".
No Líbano, a orgia também foi eliminada da versão estreada e nos Emirados Árabes Unidos, o próprio distribuidor cortou 45 minutos do filme que, na versão original, tem três horas de duração.
Em Singapura, as sempre vigilantes autoridades da cidade-estado, consideram que os seus abastados cidadãos só podem ser expostos a estas iniquidades a partir dos 21 anos. E só em sete cinemas do centro. Nada de passar porcarias nos subúrbios. Surpreendentemente, e apesar dos esforços do governo, os habitantes de Singapura acorreram em massa e o filme foi o mais visto do fim-de-semana.