Cartaz de cinema

"O Síndrome do Vinagre" por Samuel Andrade
O Arquivo da Semana: em memória de Juliette Gréco (1927 – 2020)

Publicado em 25 Set. 2020 às 22:51, por Samuel Andrade, em Opinião, Notícias de cinema (Temas: Síndrome do Vinagre)

O Arquivo da Semana: em memória de Juliette Gréco (1927 – 2020)

Na semana em que se assinala o falecimento, aos 93 anos, de uma das musas da música francesa, a sua carreira é invocada através das imagens em movimento que a cantora nos deixou.

Senhora de uma carreira dividida, ao longo de mais de meio século, entre a música, o cinema e o teatro, Juliette Gréco foi um dos nomes essenciais da canção francesa: distinta pelo traço pessoal que imprimia a cada interpretação musical e inesquecível junto dos que privaram com ela.

Os vários atos que protagonizou em vida definem, por si mesmos, o percurso biográfico de Juliette Gréco: foi amiga dos escritores Jean-Paul Sartre e Boris Vian (uma circunstância que lhe valeria a alcunha de "musa do existencialismo"), atriz em filmes de Jean Cocteau, Jean Renoir, Jean-Pierre Melville e John Huston, amante de Albert Camus, Miles Davis e Quincy Jones e esposa de Michel Piccoli, inspirou uma canção dos Beatles e uma rosa foi batizada com o seu nome.

Sobre ela, Jean-Paul Sartre um dia escreveu que tinha "milhões de poemas na sua voz". De facto, essa singular expressividade musical da cantora ficou registada para a posteridade em diversos arquivos de imagens em movimento, dos quais hoje partilhamos cinco momentos em memória da vida e carreira de Juliette Gréco.

Em 1956, no programa de variedades "Trente-Six Chansons", Juliette Gréco explicava-nos o conceito do "le guinche", termo francês que, em tradução literal, significa "dança pública".

(fonte: Radio-Télévision Française – RTF)

Excerto do filme "Bom Dia, Tristeza" (1958, realizado por Otto Preminger), onde Juliette Gréco entoa uma versão inglesa do tema "Bonjour Tristesse".

(fonte: Wheel Productions)

"Quem és tu, Gréco?" Para as objetivas do Pathé Magazine, Juliette Gréco protagoniza este breve documentário, no qual a cantora confessa os passos essenciais (da preparação mental a pormenores como maquilhagem e guarda-roupa) antes de subir ao palco.

(fonte: British Pathé)

Em 1969, no programa "Télé Dimanche", Gréco interpreta um dos seus temas mais memoráveis: o sugestivo "Déshabillez-moi" ("Despe-me"), cuja letra se refere à nudez do corpo feminino e à variedade de formas de como um homem pode despir uma mulher.

(fontes:  Radio-Télévision Française – RTF / ina.fr)

Em 2014 no Olympia de Paris, durante uma das várias tournées europeias que realizou na passada década (tendo também atuado em Portugal), Juliette Gréco interpreta "La Javanaise", tema composto por Serge Gainsbourg, ao lado do músico franco-libanês Ibrahim Maalouf.

(fontes: Universal Music Group / IDOL Digital Distribution)