Publicado em 19 Jul. 2022 às 23:14, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica)
A empresa líder na área do streaming conseguiu limitar os danos e tenta manter o controlo sobre o valor das ações com resultados mais positivos do que o esperado, durante o segundo trimestre de 2022.
A Netflix comunicou hoje aos investidores a perda de 970 mil clientes durante o segundo trimestre, abaixo dos dois milhões estimados.
As maiores quebras ocorreram nos EUA e Canadá, com menos 1,3 milhões de subscritores. Na Europa, Médio Oriente e África, a descida foi de 770 mil clientes. O crescimento na América Latina foi quase residual com meros mil subscrições a mais. Onde a empresa cresceu a sério foi na área da Ásia e Pacífico onde o saldo positivo foi de 1,08 milhões de clientes e onde a Índia é o país com maior potencial - apesar do menor valor que aporta cada subscrição.
Para o terceiro trimestre de 2022, o líder do negócio do streaming prevê que irá inverter a tendência de descida no número de subscritores e adicionar um milhão de novos clientes.
No primeiro trimestre deste ano, o anúncio de que a Netflix perdera 200 mil subscritores deixou os investidores em choque e levou a uma queda de 48% no valor das acções da empresa.
A Netflix tem agora 220,67 milhões de clientes em todo o mundo.
Quanto às prioridades estratégicas para os próximos tempo, a Netflix promete reduzir o número de produções e apostar na qualidade.
Prepara-se também para reforçar o combate a um dos grandes problemas deste modelo de negócio: a partilha de contas, permitindo aos titulares das contas adicionar utilizadores fora dos seus lares mediante um acréscimo de preço. Em agosto, esta solução será testada em cinco mercados latino-americanos. Uma solução global será adotada em 2023, diz a Netflix.
Também em 2023, mas logo no início do ano, está previsto o lançamento de novos modelos de subscrição, mais baratos, mas com anúncios, em parceria com a Microsoft.