Motelx apresenta programa completo

Durante sete dias, mais de 100 filmes compõem a programação histórica da 16.ª edição do MOTELX, numa viagem pelo terror vindo das mais diversas geografias, entre estreias mundiais e nacionais, concertos, o lançamento de um livro inédito, masterclasses, workshops, sessões para os mais novos e uma passagem pelo passado e o presente do terror português.

De 6 a 12 de setembro, no Cinema São Jorge e noutros espaços da capital, o Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa prepara-se para celebra o género nas suas várias vertentes. Este ano, os ilustres convidados serão o italiano Dario Argento e os americanos Aaron Moorhead e Justin Benson.

Moorhead e Benson apresentam "Something in the Dirt", um filme dirigido, escrito e protagonizado pelos estadunidenses, respeitada dupla do cinema independente, que arriscou recentemente no mercado mainstream com o filme "Synchronic" e a série da Marvel, "Moon Knight".

Dia 8, Dario Argento apresenta o seu "Óculos Escuros" ("Occhiali neri" no original), a história de asssassino em série que persegue prostitutas e de uma das suas vítimas que decide resistir com a ajuda de um pastor alemão e de um rapaz de 10 anos.

"Bodies Bodies Bodies" abre a edição deste ano. Segunda longa-metragem de Halina Reijn, neerlandesa que também é actriz, é um slasher sobre um grupo de jovens ricos que planeia uma festa que corre mal.

Após inaugurar Cannes, "Corte!" ("Coupez!" no título original em francês), de Michel Hazanavicius, apresenta-se em Lisboa com uma comédia de zombies envolvendo a equipa de filmagens de um filme de mortos vivos.

Em estreia nacional, "Polaris" (Canadá, 2022), de Kirsten Carthew, filme pós-apocalíptico inspirado no ecofeminismo, caracterizado pela realizadora como o "Mad Max" do Ártico, e "Candy Land" (EUA, 2022), de John Swab, road trip sobre sexo, religião e violência. Neste naipe encontram-se ainda "Satan's Slaves 2: Communion" (Indonésia, 2022), de Joko Anwar, "Ashkal" (França, Tunísia, Catar, 2022), de Youssef Chebbi, "Saloum" (Senegal, 2021), de Jean Luc Herbulot, e "Parsley" (República Dominicana, 2022), de José María Cabral.

Na seleção Méliès d"argent - Melhor Longa Europeia destaca-se a estreia mundial da produção ibérica "O Corpo Aberto" (Espanha, Portugal, 2022), de Ángeles Huerta, um folk horror com Victoria Guerra e José Fidalgo, "Nightsiren" (Eslováquia, Chéquia, 2022), de Tereza Nvotová, e "A Banquet" (Reino Unido, 2021), de Ruth Paxton, a sua primeira longa-metragem.

A completar a lista de cinema europeu em competição, onde estão os já anunciados "Os Demónios do Meu Avô" (Portugal, 2022), de Nuno Beato, "Criança Lobo" (Portugal, 2022) - em estreia mundial -, de Frederico Serra, e "Wolfkin" (Luxemburgo, 2022), de Jacques Molitor, distingue-se também o terror psicológico de "Speak No Evil" (Dinamarca, Holanda, 2022).

A 7 de setembro, no Teatro São Luiz, em parceria com a Casa Bernardo Sassetti, é projectado "Os Crimes de Diogo Alves" (1911), de João Tavares (1883-1971), acompanhado por uma partitura original assinada por Bernardo Sassetti (1970-2012) e interpretada por um combo da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação do professor Desidério Lázaro. Depois do cine-concerto, uma conversa acerca do processo de composição para filmes mudos, com um painel moderado por Inês Laginha e formado, além de Lázaro, pelo guitarrista Tó Trips e o pianista Filipe Raposo.

A 10 de setembro, o MOTELX propõe um final de tarde especial com o projecto FILMar, entre a Cinemateca Portuguesa e o Cinema São Jorge, através de cinco filmes (duas longas e três curtas) e um debate.

O MOTELX oferece ainda três propostas gratuitas no Warm-Up, de 1 a 3 de setembro com "A Sinfonia das Trevas - 100 anos de Nosferatu", uma experiência sonora e visual pela companhia teatral Primeiros Sintomas, que celebra o centenário da obra de F.W. Murnau (dia 1, no Convento São Pedro de Alcântara), o mockumentary neozelandês "What We Do in the Shadows" (2014), de Jemaine Clement e Taika Waititi, na sessão de cinema ao ar livre (dia 2, Largo Trindade Coelho), e "O Fauno das Montanhas" (Portugal, 1926), de Manuel Luís Vieira (1885-1952), num cine-concerto FILMar, com música interpretada ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa (dia 3, no Jardim do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta).

Os horários das sessões e toda a programação podem ser consultados no site do Motelx.