Morreu o ator Max von Sydow

Max von Sydow, ator de origem sueca, morreu domingo em França aos 90 anos, de acordo com fontes da família.

A sua carreira teve início na década de 50 do século XX, no teatro, ainda na Suécia, onde nasceu. Aí conheceu o homem que iria colocá-lo numa posição de destaque na história do cinema, o realizador Ingmar Bergman.

Em 1957, já com quatro participações em filmes, interpreta o cavaleiro Antonius Block em "O Sétimo Selo", onde interpreta a célebre cena do jogo de xadrez com a morte. A colaboração entre von Sidow e Bergman repetir-se-ia em "Morangos Silvestres", "O Direito à Vida", "O Rosto", "A Fonte da Virgem", "Em Busca da Verdade" e "Luz de Inverno".

A estreia nas produções norte-americanas acontece em 1965, no épico religioso "A Maior História de Todos os Tempos", no papel de Jesus Cristo.

Regressaria depois ao universo de Bergman em "A Hora do Lobo", "A Vergonha", "A Paixão" e "O Amante", a derradeira de onze colaborações entre ator e realizador.

Em 1973, interpretou o Padre Merrin no marcante filme de terror "O Exorcista", de William Friedkin.

Durante as décadas de 70 e 80 continuaria a estar presente em grandes produções. Foi o maléfico Imperador Ming em "Flash Gordon", de 1977, e o Rei Osric em "Conan, o Bárbaro" (1982). Na minissérie "Cristovão Colombo" (1985), chegou mesmo a encarnar o Rei D. João I, de Portugal.

Recebeu duas nomeações para os Óscares. Em 1989, por "Pelle o Conquistador", e em 2012, por "Extremamente Alto, Incrivelmente Perto".

Entre os seus últimos trabalhos incluem-se presenças nos elencos do filme "Star Wars: O Despertar da Força" e da série de televisão "A Guerra dos Tronos". Em 2018, interpretou um almirante russo no filme de Thomas Vinterberg sobre o trágico acidente do submarino Kursk.

Em 2002, trocou a cidadania sueca pela francesa e assumiu que pretendia terminar os seus dias em solo gaulês.