Publicado em 5 Fev. 2021 às 18:52, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Obituário)
O ator que preferia os palcos e Shakespeare, mas é lembrado por "Música no Coração", tinha 91 anos e morreu esta sexta-feira, na sua casa no Connecticut.
O ator Christopher Plummer morreu esta sexta-feira, aos 91 anos, na sua casa no Connecticut. Nascido no em Toronto, no Canadá, passou muitos anos dedicado ao teatro, onde era comum assumir papéis em clássicos de Shakespeare.
Contracenou com outros grandes como James Earl Jones, em "Othello", no início dos anos 80, e em "Macbeth", com Glenda Jackson. A prolífica carreira na Broadway, onde se estreou em 1954, valeu-lhe dois prémios Tony, primeiro em 1974 pelo musical "Cyrano", e em 1996 pela interpretação de outro famoso ator, John Barrymore, na peça precisamente chamada "Barrymore".
No cinema, ficam para a história o seu desempenho como o Capitão Von Trapp ao lado de Julie Andrews, no musical "Música no Coração", em 1965, e o facto de se ter tornado no ator mais velho a alguma vez ganhar um Oscar de ator secundário, em 2012, pelo trabalho em "Assim é o Amor".
Após muitos trabalhos menores em televisão, o primeiro papel de Plummer como ator de cinema foi em 1958, em "Lágrimas da Ribalta" (Stage Struck), de Siney Lumet. Nos anos 60, além do musical sobre a família Von Trapp - de que não gostava particularmente - fez parte do elenco de grandes produções da época como "A Queda do Império Romano" (1964), de Anthony Mann, "O Maior Espião da História" (1966), de Terence Young, "A Noite dos Generais" (1967), de Anatole Litvak, onde encarnou o General Erwin Rommel, "A Batalha de Inglaterra" (1969), de Guy Hamilton, ou "Waterloo" (1970), de Sergey Bondarchuk, onde foi o Duke de Wellington.
Teve problemas com o álcool que conseguiu ultrapassar em meados dos anos de 1970. Em 1975 foi Rudyard Kipling em "O Homem Que Queria Ser Rei", de John Huston, e foi o detetive Sherlock Holmes em "Arquivado por Ordem Real".
Participou ainda em longas-metragens como "12 Macacos", ou "Uma Mente Brilhante". O seu derradeiro papel diante das cameras foi em 2019 no filme "Verdade Debaixo de Fogo", de Todd Robinson.
Era casado com a sua terceira esposa, Elaine Taylor, e deixa uma filha, a também atriz, Amanda Plummer.