Publicado em 20 Set. 2024 às 22:33, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Primeiro olhar)
O novo filme vai explorar acontecimentos posteriores à morte de Jesus.
O ator e realizador australiano Mel Gibson está a preparar a sequela de "A Paixão de Cristo", intitulada provisoriamente "The Passion of the Christ: Ressurection". Prevê-se que terá início de filmagens em 2025, com Jim Caviezel a retomar o papel de Jesus e Francesco De Vito a regressar como Pedro.
A agência de notícias Italpress revelou que Gibson esteve em Malta com o objetivo de ver potenciais locais de filmagem. Um encontro com o Primeiro-Ministro maltês, Robert Abela, e a equipa de produção reforça a importância da ilha mediterrânica neste projeto.
Posteriormente, Gibson visitou a região de Puglia, no sul de Itália, onde percorreu algumas zonas rurais, incluindo as antigas cidades de Ginosa, Gravina Laterza e Altamura, como fez saber o diretor da Puglia Film Commission à publicação americana Variety.
Gibson dedicou anos à escrita do novo filme em parceria com Randall Wallace, o argumentista de "Braveheart". Em abril, Wallace adiantou que a história estava terminada e que Jim Caviezel regressaria ao papel de Jesus Cristo, algo que o relações-públicas do realizador recusou confirmar esta semana à Variety alegando que era "prematuro" falar sobre o assunto.
Numa entrevista de 2022 ao National Catholic Register, Gibson falou da sequela como não sendo "uma narrativa linear", acrescentando que era "preciso justapor o acontecimento central (...) com tudo o que está à sua volta no futuro, no passado e noutros domínios" concluindo que o filme teria, por isso, "alguns pontos em comum com a ficção científica".
A sequela explorará os acontecimentos posteriores à morte de Jesus, com foco na ressurreição e no impacto deste acontecimento nas primeiras comunidades cristãs. Fontes próximas ao projeto afirmam que a narrativa também deverá explorar as interações entre Jesus e os seus discípulos.
Lançado em 2004, "A Paixão de Cristo" tornou-se um fenómeno cultural, somou mais de 600 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais e foi nomeado para três Óscares. Contudo, o filme também gerou polémica devido às representações gráficas da violência infligida a Cristo.