Publicado em 22 Jul. 2025 às 09:25, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Cinema Norte-Americano)
O presidente do estúdio, Kevin Feige, mostra-se otimista quanto ao futuro do MCU, enfatizando o regresso à qualidade, a redução da produção e um "reset" após "Guerras Secretas", com os "X-Men" como próximo marco.
Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, falou aos trades norte-americanos sobre o passado, presente e futuro do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Nas declarações publicadas pelo Deadline, The Hollywood Reporter e Variety, afastou a hipótese de cansaço do público em relação aos filmes e séries com super-heróis e referiu a vontade do estúdio em produzir menos e melhor.
Abaixo, um resumo dos principais pontos abordados por Feige durante o encontro com a imprensa:
Feige admite que, após "Vingadores: Endgame" (2019), a Marvel priorizou a quantidade em detrimento da qualidade. Foram produzidas 102 horas de conteúdo em seis anos, contra 50 horas nos 12 anos na Saga do Infinito. Reconhece que isso sobrecarregou o público. Doravante, o foco será em menos projetos, mas com maior qualidade.
Feige analisou os recentes falhaços, como "Capitão América: Admirável Mundo Novo" e "Thunderbolts". Segundo o presidente da Marvel Studios, estes filmes sofreram com a mudança de protagonista e com a falta de familiaridade do público com as personagenss. Realçou que apenas três dos 22 filmes da Saga do Infinito faturaram menos de 500 milhões de dólares, mas que, pós-pandemia, sete de 13 filmes não atingiram essa marca.
A Marvel começou a reduzir os orçamentos em cerca de um terço desde "Deadpool e Wolverine" (2024) e inspirou-se em "O Criador" (2023), que usou efeitos visuais impressionantes com apenas 80 milhões de dólares. Feige confirma que a produção de séries será reduzida e que a prioridade irá novamente para os filmes com um a três filmes por ano.
Séries como "Coração de Ferro" e "Wonder Man" foram adiadas por mais de um ano após a conclusão, algo que Feige lamentou, afirmando que não deseja repetir a experiência.
Sobre "Blade", Feige explicou que o projeto com Mahershala Ali, anunciado em 2019, foi adiado porque o estúdio procurava um conceito único, rejeitando versões que não fossem "excecionalmente boas". A Marvel desistiu de criar um filme de época e a história irá decorrer na atualidade. Quanto aos "X-Men", confirmou que Jake Schreier ("Thunderbolts") dirigirá o reboot, com o guião em desenvolvimento, focado num elenco jovem e previsto para após "Vingadores: Guerras Secretas" (2027).
Feige revelou que as conversas sobre o regresso de Robert Downey Jr. como Doctor Doom começaram antes de "Homem-Formiga 3" (2023). Confirmou que, após "Guerras Secretas", personagens como Tony Stark e os X-Men serão interpretadas por novos atores, evitando o termo "reboot" e preferindo "reset" para um novo começo com uma linha temporal única.
Feige destaca o compromisso em projetos centrados em mulheres, pessoas não brancas e personagens LGBTQIA+, como "Capitão Marvel" e "Shang-Chi". Confirmou que personagens como Cavaleiro da Lua e Eternos, regressarão, sem adiantar mais detalhes.
Feige apontou um sucesso recente da concorrência como prova de que não há "fadiga de super-heróis". Acerca de"Superman" (2025) de James Gunn, que segue com mais de 400 milhões de dólares em receita nas bilheteiras mundiais, destacou a agilidade de Gunn em renovar o DCU, refutando desta forma a narrativa de saturação do género.
Feige mencionou um plano de sete anos para o MCU, guardado a sete chaves nos escritórios da Marvel, que se estende até 2032. "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" (julho de 2025) será um ponto de entrada acessível, passado nos anos 60 e fora da Terra principal do MCU para evitar questões narrativas. Seguem-se "Homem-Aranha: Um Novo Dia" (2026), "Vingadores: Doomsday" (2026), "Vingadores: Guerras Secretas" (2027) e novos recomeços dos X-Men e Blade.
O guião de "Vingadores: Doomsday" (2026) está em desenvolvimento por Stephen McFeely e Michael Waldron. Feige indicou que o estúdio já planeava afastar-se de Kang antes da saída de Jonathan Majors, por considerar que o vilão não se equiparava a Thanos. O ator foi condenado por violência doméstica em 2023.