Cartaz de cinema

Isabelle Huppert será uma condessa assassina no filme "The Blood Countess"

Publicado em 9 Feb. 2025 às 12:14, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Primeiro olhar, Cinema Europeu)

Isabelle Huppert será uma condessa assassina no filme "The Blood Countess"

A atriz francesa interpretará uma nova versão da lendária condessa Elizabeth Báthory num filme realizado pela alemã Ulrike Ottinger com argumento da Prémio Nobel, Elfriede Jelinek.

A atriz francesa Isabelle Huppert será a protagonista de "The Blood Countess", um thriller de vampiros dirigido pela cineasta alemã Ulrike Ottinger. O filme, que se inspira na figura histórica de Elizabeth Báthory, célebre nobre húngara acusada de crimes hediondos no século XVI, conta com argumento assinado pela escritora austríaca Elfriede Jelinek, vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2004.

Huppert dará vida a uma nova versão da controversa condessa, retratada como uma assassina em série que torturava e matava jovens raparigas, supostamente na crença de que o sangue destas lhe garantiria juventude eterna.

"Die Blutgräfin", no original, será uma coprodução entre o Luxemburgo, a Áustria e a Alemanha. Na apresentação do projeto a financiadores no Festival de Veneza de 2024, a realizadora afirma que o filme será "uma sátira que adota as convenções da comédia negra" para traçar "a iconografia do mundo dos vampiros".

O início das filmagens está previsto para 2025, em Viena e em locais não especificados na Alemanha.

A realizadora e artista Ulrike Ottinger, de 82 anos, figura de referência do cinema de vanguarda alemão, conhecida pelo estilo vertiginoso, independente e surrealista das suas obras, regressa assim à ficção com um projeto ambicioso, após ter ganho notoriedade com a sua "Trilogia de Berlim", que inclui "Ticket of No Return" (Bildnis einer Trinkerin - 1979), "Freak Orlando" (1981), fantasia inspirada na obra de Virginia Woolf, e "Dorian Gray in the Mirror of the Yellow Press" (Dorian Gray im Speigel der Boulevardpresse - 1984).

Em 1989 assinou "Johanna d'Arc of Mongolia" (1989), que mistura documentário e ficção numa viagem etnográfica pelo universo das tribos nómadas da Mongólia.

Além da ficção, Ottinger dedicou-se ao documentário em "Chamisso"s Shadow" (Chamissos Schatten - 2016), uma extensa exploração da cultura indígena no Extremo Oriente russo.

O seu filme mais recente é "Paris Calligrames". Estreado na secção especial do Festival de Berlim em 2020, recorda o tempo que a artista passou na capital francesa.

Os seus filmes e obras de arte foram exibidos em instituições como o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, a Cinemateca Francesa e o Centro Pompidou de Paris, o Museu Reina Sofia e o Museu de Arte de Berkeley.