Greve em Hollywood: argumentistas garantem o primeiro acordo

O sindicato dos argumentistas chegou a um acordo provisório com os estúdios e plataformas digitais. Após a redação final, a nova proposta do contrato será enviada para ratificação pelos filiados na Writers Guild of America (WGA) e terá três anos de validade.

A WGA qualifica o acordo como "excecional" e afirma que permite "ganhos significativos e proteção aos autores em todos os domínios".

No entanto, a greve continua até à ratificação. A WGA adverte que "ninguém deve regressar ao trabalho até ser especificamente autorizado". Apenas os piquetes estão suspensos e a WGA encoraja os seus filiados a juntarem-se aos protestos da SAG-AFTRA, o sindicato dos atores, que prossegue a paralisação laboral.

Os mais de 11 mil associados da WGA entraram em greve a 2 de maio por melhoria nos retornos financeiros e para garantir regulamentação sobre o uso de inteligência artificial.

Em meados de julho, os atores juntaram-se ao protesto que interrompeu quase toda a produção cinematográfica e televisiva nos Estados Unidos.

Estima-se que a primeira greve conjunta de argumentistas e atores em décadas tenha tido um impacto negativo de quase cinco mil milhões de euros na economia norte-americana.

A paragem afeta não apenas os grevistas, mas também empresas e trabalhadores de outras áreas, de operadores de câmara a carpinteiros, maquilhadores e cabeleireiros, técnicos de iluminação, diretores de fotografia e até mesmo empresas de fornecimento de comida. Muitos estão a sofrer grandes dificuldades financeiras.