"Grace of Monaco" vai abrir Cannes (apesar de tudo)

A 14 de maio, a longa-metragem sobre a atriz de Hollywood tornada princesa de um minúsculo país europeu chega à passadeira vermelha de Cannes para dar o pontapé de saída da edição 2014 do festival.

O anúncio tem algo de surpreendente após as azedas declarações do realizador, o francês Olivier Dahan, que acusou publicamente o produtor e distribuidor norte-americano Harvey Weinstein de querer retalhar o filme para lhe dar um caráter mais comercial.

Ao jornal "Liberation" Dahan de "La Vie En Rose" (que valeu um Oscar a Marion Contillard pelo papel de Edith Piaf) disse, em outubro passado, que existiam duas versões: a dele e a de Weinstein e que as sugestões do americano "retirariam do filme tudo o que nele é cinemático e cheio de vida".

Nessa altura, a estreia do filme foi adiada para 2014. Agora, regista-se novo adiamento, mas devido à exibição em Cannes.

A imprensa especializada dos EUA refere que Dahan ainda não entregou o filme à Weinstein. Resta saber para que lado pendeu o braço de ferro entre realizador e distribuidor.

"Grace of Monaco" transporta-nos para 1962, altura em que a França quis impôr um novo imposto aos cidadãos monegascos e às empresas sediadas naquele paraíso fiscal. Reinier III recusou e as relações entre os dois vizinhos azedaram.