Publicado em 2 Set. 2020 às 12:23, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Festivais de cinema, Cinema Norte-Americano, Cinema Europeu, Cinema da América-Latina)
Começa hoje o primeiro grande festival de cinema com presença de público, jornalistas e estrelas.
Esta quarta-feira arranca a edição 77 do Festival de Cinema de Veneza, com muitos testes à COVID, máscaras, distânciamento social, barreiras e um novo conceito de passadeira vermelha para impedir a propagação do vírus.
Cate Blanchett, Tilda Swinton, Matt Dillon, Ludivine Sagnier, Gia Coppola, Regina King e Pedro Almodovar são alguns dos nomes esperados. A eles junta-se uma romaria de diretores artísticos de grandes certames cinematográficos europeus, presentes para mostrar apoio ao cinema e à indústria cinematográfica e reafirmar a importância da sétima arte.
Alberto Barbera, o anfitrião, Carlo Chatrian (Berlim), Thierry Fremaux (Cannes), Lili Hinstin (Locarno), Vanja Kaludjeric (Roterdão), Karel Och (Karlovy Vary), José Luis Rebordinos (San Sebastian) e Tricia Tuttle (Londres), vão subir ao palco durante a sessão de abertura para lerem uma declaração sobre "o valor fundamental do cinema, o papel e importância dos festivais no apoio e promoção do cinema por todo o mundo e na Europa em particular", lê-se na informação enviada à imprensa.
Veneza implementou um conjunto de medidas de segurança e controlo de forma a minimizar riscos e aumentar as hipóteses de que o evento decorra sem sobressaltos.
Quem chega de fora da Europa, ou de alguns países europeus como a Espanha, por exemplo, será testado à chegada, no aeroporto. Existem controlos de temperatura em diversos locais de entrada e foi assegurada a distância entre lugares nas salas de cinema, que terão a lotação máxima reduzida a metade, e conferências de imprensa. O acesso às sessões também está organizado para impedir filas e ajuntamentos com a obrigatoriedade de reserva online de lugares. Para compensar, o festival aumentou o número de vezes que cada filme é projetado.
Uma barreira de dois metros de altura isola a nova passadeira vermelha para evitar aglomerações de público e permitir o trabalho seguro dos fotógrafos.
Com menos títulos disponíveis, os programadores de Veneza recorreram à prata da casa. Por isso, surgem mais filmes italianos do que é normal, uma tendência que se afirma logo na sessão de abertura com "Lacci", drama familiar do realizador Daniele Luchetti.
Mesmo com todas as limitações, a equipa de Alberto Barbera conseguiu uma mão cheia de títulos que chamam a atenção. "The World to Come", de Mona Fastvold, com Casey Affleck, Vanessa Kirby, Katherine Waterston e Christopher Abbott; "Nomadland", de Chloé Zhao, com Frances McDormand, que estará a ser exibido ao mesmo tempo em Toronto; "Mainstream", de Gia Coppola e "The Duke", de Roger Michell, com Jim Broadbent e Helen Mirren.
Ainda o documentário "Greta" sobre a ativista sueca, realizado por Nathan Grossman, "Nuevo Orden", de Michel Franco, e "Pieces of a Woman" com Vanessa Kirby e Shia LeBeouf dirigidos pelo húngaro Kornel Mundruczo.
Mais pontos de interesse em "Miss Marx", de Susanna Nicchiarelli, "Laila in Haifa", de Amos Gitai, "Und Morgen Die Ganze Welt", de Julia von Heinz, e "Dear Comrades", de Andrei Konchalovsky.