Publicado em 2 Mar. 2014 às 13:02, por Samuel Andrade, em Notícias de cinema (Temas: Obituário)
Resnais é um dos nomes mais importantes do cinema francês. A sua carreira prolongou-se por mais de seis décadas.
Alain Resnais faleceu ontem à noite, aos 91 anos, em Paris. Foi um dos realizadores franceses mais aclamados de sempre e um dos principais nomes do movimento da Nouvelle Vague, nos anos 60.
O seu trabalho continua a revelar-se influente junto das gerações mais novas de cineastas.
Autor de sucessos como "Noite e Nevoeiro" (1955, impressionante documentário sobre os campos de concentração nazis), "Hiroshima, Meu Amor" (de 1959, recentemente reposto nas salas portuguesas), "O Último Ano em Marienbad" (1961, melhor filme no Festival de Veneza) ou "O Meu Tio da América" (1980), Resnais manteve-se sempre ativo, tendo inclusive estreado o seu derradeiro filme, "Aimer, boire et chanter", no mês passado, durante o Festival de Berlim.
Cineasta experimental, que nunca teve receio em abordar diversos registos (do surrealismo à comédia pura e simples, é possível encontrar de tudo na sua filmografia), Resnais também foi sempre um grande admirador público do trabalho de colegas realizadores. Segundo as suas palavras, "fazer filmes é bom, mas vê-los é ainda melhor".