Publicado em 4 Ago. 2020 às 23:00, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Cinema Norte-Americano, Box office)
O estúdio norte-americano não arrisca o lançamento nas salas de cinema e prefere dar um enorme trunfo à nova jóia da coroa da empresa, a Disney Plus.
O filme "Mulan" terá lançamento mundial na plataforma de streaming Disney Plus a 4 de setembro, anunciou hoje o CEO da Disney, Bob Chapek. Ver o filme custará 30 dólares (cerca de 25 euros) em cima do preço normal da subscrição do serviço.
Chapek diz que esta opção se deve apenas ao facto de estarmos no meio de uma pandemia e nega que venha a tornar-se um hábito recorrente. "Estamos a olhar para este lançamento de 'Mulan' como um caso isolado e não como uma alteração ao modelo de negócio baseado em janelas de tempo" disse Chapek durante a apresentação trimestral de resultados da Disney que decorreu esta terça-feira. Justificando a decisão com a necessidade de recuperar parte dos 200 milhões de dólares investidos na produção do filme, O CEO acrescenta que a empresa olhará com atenção para os valores obtidos com este lançamento global via streaming.
Os resultados financeiros do grupo Disney estão a ressentir-se fortemente sobretudo com o encerramento forçado dos parques de diversões. A quebra nas receitas da The Walt Disney Company no último trimestre foi de 40%.
A estreia de "Mulan" nos cinemas esteve marcada para final de março, foi suspensa devido ao Covid-19 e adiada várias ocasiões, seguindo as mudanças de outro título com que as salas de cinema contavam para a retoma da atividade, "Tenet", da Warner Bros.
No entanto, os estúdios acabam por divergir na última decisão tomada já que a Warner manteve o modelo tradicional de lançamento em sala, previsto para várias partes do globo onde a doença já está controlada a partir de 26 de agosto, seguindo-se a estreia norte-americana a 3 de setembro, nas cidades onde as autoridades o permitirem.
Esta decisão da Disney é um forte golpe nas expectativas dos exibidores cinematográficos mundiais que contavam com a nova versão em ação real da história da guerreira chinesa para compensar um verão praticamente a zeros.
Ao mesmo tempo, o estúdio lança a atenção para a Disney Plus numa altura em que anunciam ter passado os 60 milhões de subscritores em nove meses e no preciso momento em que o serviço ficará disponível para uma nova vaga de países em setembro, Portugal incluído.
Nos países ainda sem acesso à Disney Plus, como é o caso da China, "Mulan" terá uma estreia normal, nas salas de cinema.