Publicado em 20 Jul. 2020 às 21:16, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Box office)
O estúdio deixa em aberto a hipótese de estreias noutros países adiante do lançamento norte-americano.
Golpe dramático na indústria cinematográfica norte-americana, a Warner Bros. (WB) retirou "Tenet" do calendário de estreias. O filme de Christopher Nolan, repetidas vezes anunciado como o que iria relançar o cinema em sala, estava previsto para 12 de agosto após ter sofrido dois adiamentos.
A indecisão sobre a reabertura total das salas de cinema em mercados chave como Los Angeles e Nova Iorque e a gravidade geral da situação nos Estados Unidos, onde o combate à pandemia de COVID-19 tem sido desastrosa, estiveram na origem da decisão do estúdio.
Toby Emmerich, presidente da WB, jogou à defesa no depoimento enviado à imprensa. Além de afirmar que uma nova data de lançamento de "Tenet" está "iminente", acrescenta: "Os nossos objetivos ao longo deste processo têm sido garantir as maiores hipóteses de sucesso dos nossos filmes, além de estarmos prontos para apoiar os nossos parceiros das salas de cinema com novos conteúdos assim que possam reabrir em segurança".
O Variety adianta - citando fontes do próprio estúdio - que continua na mesa o lançamento fora da América do Norte.
O próprio Emmerich refere que "não estamos a tratar o 'Tenet' como um lançamento global tradicional, em simultâneo, e os nossos próximos planos de marketing e distribuição refletirão isso mesmo."
Apesar de os EUA e Canadá continuarem a ser, por si só, o maior consumidor mundial de cinema, o peso do resto do mundo aumentou bastante nos últimos 30 anos, com o surgimento da China, agora o segundo maior mercado, e de outros países onde a Europa continua a ser um bloco importante.
Os chineses estão a tentar reabrir as salas a partir de hoje, 20 de julho, e partes da Europa também já iniciaram o processo de reabertura - embora com compreensíveis limitações. Mas mais importante é o facto de ser vital alimentar as salas com novos filmes capazes de chamar espectadores. É aí que "Tenet" e também "Mulan", da Disney, marcado para 21 de agosto, ocupam papel central.
No entanto, os americanos estão reticentes num aspeto, não desejam separar o lançamento internacional de "Tenet" da estreia nos EUA mais do que duas semanas por causa da "pirataria". E o cenário no país é tudo menos claro.