Eddie Murphy quer ser o padrinho do funk

Eddie Murphy quer ser George Clinton, ícone máximo do funk norte-americano entre as décadas de 60 e 70, e impulsionador das bandas Parliament e Funkadelic, numa biopic ainda sem destino certo. Murphy será também um dos produtores.

O projeto está em fase de aquisição de direitos antes de seguir para as mãos dos argumentistas. A Amazon Prime Video é o destino provável dado o acordo de três filmes que assinou com Murphy após "Coming 2 America".

Nascido em 1940, na Carolina do Norte, George Clinton trabalhou em barbeiros e foi compositor na Motown. Mais tarde, deu nova direção ao funk, fusão de géneros afroamericanos, embebida nas prolíficas fontes do R&B, jazz, soul, gospel e blues, refrescada com baixos sincopados e irresistíveis percussões capazes de convidar à dança até o mais renitente e sisudo dos mortais.

Nascido do génio de James Brown, que foi tanto o padrinho da soul, como o pai desta nova batida, o funk ganhou um lado psicadélico nas mãos de Sly Stone e respetiva família, até se tornar a extravagante viagem surreal dos P-Funk de George Clinton ao incorporar humor, elementos da ficção científica, roupas e adereços extravagantes e uma energia sem fim.

Nova vida para Eddie Murphy

Após o sucesso nos anos 80 e uma sucessão de falhanços entre os anos 90 e a passagem para o novo milénio, Murphy parece assumir uma segunda vida em termos artísticos.

Prepara a participação na comédia romântica "You People", estreia de Kenya Barris (argumentista de "Black-ish" e "Coming 2 America") na realização fora do âmbito televisivo, onde também pontuam Jonah Hill, David Duchovny e Julia Louis-Dreyfus; regressa à personagem de Alex Foley em "Beverly Hills Cop 4"; e tem ainda em agenda "Triplets", a continuação de "Gémeos", onde vai contracenar com Danny DeVito e Arnold Schwarzenegger.