Dez passos no futuro da DC Studios

Os novos responsáveis da DC Studios, James Gunn e Peter Safran, conversaram com a imprensa norte-americana e revelaram o plano de arranque do novo universo narrativo.

Designado "Chapter 1: Gods and Monsters" inclui, por agora, dez filmes e séries. A estratégia passa por usar as personagens mais fortes - Super-Homem, Batman e Wonder Woman - para puxarem por nomes menos conhecidos.

Questionados sobre o ritmo de lançamentos, Gunn e Safran falaram de "provavelmente dois filmes e duas séries HBO Max por ano".

"Creature Commandos": série de animação em sete episódios, escrita por James Gunn e que já se encontra em produção, tem como destino a plataforma de streaming HBO Max.

"Waller": Spinoff da série "Peacemaker", outra das criações de Gunn, terá Christal Henry (Watchmen) e Jeremy Carver, criador de "Doom Patrol" como dupla criativa. Viola Davis regressa como Amanda Waller, a ambígua chefe de várias agências federais que lidam com meta humanos. Em termos narrativos, a série irá situar-se algures entre a primeira e a segunda temporada de "Peacemaker".

"Superman: Legacy": não sendo uma história sobre as origens da personagem, este será o verdadeiro arranque do novo DC Universe no cinema. Com argumento de Gunn, que não coloca de parte a hipótese de também realizar, centra-se num Super-Homem que tenta equilibrar a herança kryptoniana com a sua educação humana. Já tem data de estreia a 10 de julho, 2025.

"Lanterns": sem Greg Berlanti, a série da HBO Max terá como protagonistas dois dos Green Lanterns, Hal Jordan e John Stewart. Safran descreve-a como um thriller na linha de "True Detective", passado na Terra, mas com dois super polícias do espaço.

"The Authority": aqui, Gunn e Safran recorreram a uma linha de super-heróis externa ao cânone da DC. Nascidos na WildStorm, uma editora de banda desenhada comprada pela DC, são, nas palavras de Gunn um género muito diferente de super-heróis. Bem intencionados, não têm limites para resolver os problemas do mundo, mesmo que signifique matar indiscriminadamente, ou mudar governos.

"Paradise Lost": descrita como uma série inspirada nos ambientes de "A Guerra dos Tronos", desenrola-se em Themyscira, a ilha onde só vivem mulheres, local onde nasceu a Wonder Woman. A ação terá lugar antes dos acontecimentos dos filmes com foco nas intrigas políticas e jogos de poder.

"The Brave and the Bold": nesta versão do Batman, Bruce Wayne tem um filho, Damian Wayne, personagem ambígua e jovem mal comportado que cresceu entre assassinos. Esta será a narrativa oficial do Cavaleiro das Trevas no DC Universe e o protagonista não será Robert Pattinson.

"Booster Gold": série da HBO Max baseada numa personagem pouco conhecida, vinda do futuro, que usa a tecnologia para se fazer passar por super-herói.

"Supergirl: Woman of Tomorrow": as aventuras da prima do Super-Homem vão explorar as diferenças entre os dois sobreviventes de Krypton. Se Kal-El teve uma infância protegida e foi criado numa família cheia de amor, Kara Zor-El sobreviveu vagueando pelo espaço e viu todos à sua volta morrer.

"Swamp Thing": a primeira parte deste primeiro capítulo do renovado DC Universe termina com um filme de terror que investigará as origens sombrias da personagem.

Restos de coleção e outros mundos

Além da linha oficial acima descrita, o estúdio teve de manter compromissos anteriores, o que levou à criação da DC Elseworlds.

Aqui, cabe "The Batman Part II", a sequela realizada por Matt Reeves com Robert Pattinson que terá estreia mundial a 2 de outubro 2025. Também "Joker Folie à Deux", onde Todd Phillips continua a explorar a personalidade do vilão interpretado por Joaquin Phoenix, e o projeto de um Super-Homem negro, em desenvolvimento por Ta-Nehisi Coates.

Ainda este ano, chegam às salas os quatro últimos filmes produzidos durante o "antigo regime": "Shazam! Fury of the Gods", "The Flash", "Blue Beetle" e, finalmente, "Aquaman and the Lost Kingdom".