Cartaz de cinema

Destaques da programação na RTP2 (18 a 24 de julho 2022)

Publicado em 18 Jul. 2022 às 10:21, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries (Temas: Estreias)

Destaques da programação na RTP2 (18 a 24 de julho 2022)

Entre as propostas está o concerto dos 200 anos da independência do Brasil incluído no Festival ao Largo, documentários sobre Paris e o cinema de François Ozon e Rita Azevedo Gomes.

De entre a programação anunciada pela RTP2 para esta semana destaca-se a série suíça "A Sorte Grande", as loucas aventuras de uma família disfuncional que se torna repentinamente rica; os documentários "Os Rostos de Palmira" a história da lendária cidade através dos rostos dos seus habitantes, e "Mathera", uma viagem pela cultura, arte e história de uma das cidades mais antigas do mundo; dois filmes sobre a capital francesa "Hôtel de Ville: Câmara Municipal de Paris" e "Estações de Paris: Um Património Revelado" e "José Afonso, Traz outro Amigo Também" onde, através de entrevistas, atuações e reportagens dos arquivos da RTP, José Afonso fala de si, das suas canções e de como estas refletiram as suas ideias.

O grande génio esquecido do Renascimento europeu e um dos mais importantes vultos do Renascimento em Portugal é o foco do documentário "Francisco de Holanda - A Luz Esquecida do Renascimento", enquanto "5 Casinos, 5 Histórias" revisita as histórias de cinco dos mais importantes casinos a operar em Portugal.

Quanto ao cinema, a RTP2 exibe "Verão de 85", do cineasta francês François Ozon, adaptação da obra "Dance on My Grave" do escritor britânico Aidan Chambers; "Fotografia", do indiano Ritesh Batra, uma história de amor na sociedade indiana entre a tradição e o progresso; "Frágil como o Mundo", de Rita Azevedo Gomes, a história de um amor impossível, e "Mustang" da turco-francesa Deniz Gamze Ergüven, uma história sobre o desejo de liberdade;

Na área da música é emitido o concerto do Festival ao Largo que comemora os 200 anos da independência do Brasil com três obras de três compositores brasileiros, e o concerto "Orquestra Gulbenkian - Lisboa Na Rua 2020", com obras emblemáticas de Mozart, Haydn e Brahms, sob a direção do maestro Mihhail Gerts.

 

Hôtel de Ville: Câmara Municipal de Paris

RTP2, segunda, 18 de julho, 20h30

Documentário

A Torre Eiffel e o Sacré Cœur são dois dos monumentos mais famosos de Paris. No entanto, a capital francesa abriga outro relativamente desconhecido, mas igualmente icónico: o Hôtel de Ville. Com mais de 14.476 m2, é o maior edifício de uma câmara municipal da Europa. Serve tanto como sede do conselho da cidade, onde se tomam decisões que regem a vida quotidiana de mais de dois milhões de parisienses, como local de receção.

Verão de 85 (2020)

RTP2, segunda, 18 de julho, 23h00

Filme

Filme do cineasta francês François Ozon ("Uma Nova Amiga", "Sob a Areia", "O Tempo Que Resta", "Dentro de Casa"), adaptação da obra "Dance on My Grave" do escritor britânico Aidan Chambers.

Quando o barco de Alexis, de 16 anos de idade, se afunda na costa da Normandia, David, de 18 anos, salva-o heroicamente. Alexis acaba de encontrar o amigo dos seus sonhos e entre ambos surge uma relação de grande cumplicidade. Mas será que o sonho irá durar mais do que o verão de 1985?

Os Rostos de Palmira

RTP2, terça, 19 de julho, 20h35

Documentário

Pela primeira vez, uma missão arqueológica internacional revela a história da lendária cidade de Palmira de um ângulo inédito, através dos retratos funerários dos seus habitantes encontrados recentemente nos 4 cantos do mundo.

Quem eram eles? O que nos dizem as esculturas sobre esta cidade antiga que há séculos desperta curiosidade e admiração? Graças à ciência e às novas ferramentas tecnológicas, a exploração dos segredos dos rostos dos seus habitantes leva-nos à idade de ouro da cidade e da sua cultura única, ao seu sucesso comercial, à linguagem e escrita específica, ao ambiente que mistura influências orientais e ocidentais, revelando gradualmente o multiculturalismo da cidade e o fascínio despertado ao longo dos séculos que deu origem a tantos mitos, lendas e uma expansão artística excecional que a torna num dos raros exemplos da integração global da história da humanidade.

Club Med - Os Bastidores de um Sucesso

RTP2, terça, 19 de julho, 23h00

Documentário

No verão de 1950, um grupo de 300 turistas chegou a Maiorca após uma viagem de 36 horas de comboio, barco e autocarro. Quando descobriram o local do seu acampamento num ambiente idílico, a magia aconteceu. Foram os primeiros turistas do Club Med. Setenta anos depois, o Club Med tornou-se um gigante multinacional no setor do turismo de luxo, com 65 resorts em 26 países e recebendo anualmente mais de 1,5 milhões de viajantes.

Como é que um sonho de dois homens se tornou num padrão mundial? Como os clubes conseguiram desenvolver um espírito único que mudou para sempre a cultura das férias? E como é que o Club Med se modernizou ao longo da história e criou continuamente inúmeras formas de oferecer novas experiências aos clientes? Graças a imagens de arquivo e testemunhos de pessoas que experienciaram a evolução do Club Med, o documentário de Léa Schlesinger revela a história de sucesso do resort de férias que conquistou o mundo. O paraíso com tudo incluído que oferece a máxima liberdade e atividades desportivas ilimitadas, numa atmosfera única criada por funcionários amáveis. Junte-se ao Club numa jornada de diversão ao sol!

5 Casinos, 5 Histórias

RTP2, quarta, 20 de julho, 20h35

Documentário

Num período em que se efetua a renovação dos contratos de concessão dos mais importantes casinos a operar em Portugal, revisitam-se neste documentário as histórias de cinco desses estabelecimentos: os do Estoril, da Madeira, da Figueira da Foz, de Espinho e da Póvoa de Varzim.

Desemboca nesses locais uma história longa e animada, uma vez que desde há muito a prática de apostas faz parte da condição humana, e a febre pelos jogos de fortuna e azar foi ganhando força ao longo das épocas. Até há menos de um século, apesar de clandestinas, em Portugal encontravam-se em cada esquina centenas de casas de jogo, e foi só a partir de 1927 que o Estado decidiu legalizar esta atividade, decretando o encerramento da maioria desses locais e concentrando tais práticas num punhado de casinos dotados da indispensável autorização oficial.

Desaparecia assim a punição do jogo e nascia o seu enquadramento legal, substituindo a sanção penal pela sanção tributária. Nasceram deste modo as zonas de jogo delimitadas, constituídas por um casino (com o monopólio dessa atividade na respetiva região) e por um hotel de luxo, e desde então o desenvolvimento turístico e cultural do país passou em grande parte a ser ditado pelas receitas dos casinos, que sobre essas verbas, e a troco da concessão, pagam ao Estado significativas percentagens estabelecidas por lei, além de terem de obedecer a determinados programas de investimento local.

José Afonso, Traz outro Amigo Também

RTP2, quarta, 20 de julho, 23h00

Documentário

Devemos a José Afonso um conjunto de canções e pensamentos que mudaram o curso da música em Portugal. Insatisfeito com as formas e práticas da canção de Coimbra, atento aos contextos sociais e políticos do país real, foi criando uma obra que abriu e alargou horizontes, juntando à criação musical objetivos de luta.

Primeiro contra o regime, depois em favor da criação de um modelo de sociedade. Através dos arquivos da rádio e televisão da RTP, entre entrevistas, atuações e reportagens, José Afonso fala-nos de si, das suas canções e de como estas refletiram as suas ideias.

Juntando parceiros e nunca perdendo uma noção de rumo este é um percurso central na história da música portuguesa ainda hoje vivo e pungente tanto pelas memórias das gravações do próprio José Afonso como pelas versões que outros continuam a criar a partir da sua obra.

Francisco de Holanda - A Luz Esquecida do Renascimento

RTP2, quinta, 21 de julho, 20h35

Documentário

Francisco de Holanda (1517-1584) foi um humanista, um tratadista e um pintor português. Erudito, talentoso e audaz, Francisco de Holanda foi durante muito tempo considerado um dos mais importantes vultos do Renascimento em Portugal. Mas novas investigações revelam que Francisco de Holanda foi muito mais que isso: na Europa do séc. XVI, foi um dos mais prolíficos ensaístas sobre Arte e produziu o primeiro tratado sobre Retrato. O vanguardismo da sua obra escrita e gráfica é, ainda hoje, desconcertante.

Nunca publicado em vida, Francisco de Holanda não deixou de ser lido por reis, príncipes, diplomatas, artistas, intelectuais. Entre muitas outras aventuras, conheceu o Renascimento italiano pela mão de alguns dos seus protagonistas maiores, de Vitória Colonna a Miguel Ângelo. Os seus registos sobre a Roma dos anos 30 de 1500 são de valor incalculável para a Arqueologia e para a História da Arte.

A Sorte Grande

RTP2, quinta, 21 de julho, 22h00

Série

Série suíça de 8 episódios, que acompanha as loucas aventuras de uma família disfuncional que se torna repentinamente rica.

Oprimido pela falta de dinheiro, Loïc e a família vivem com o pai numa pequena casa decadente. Mas um sorteio muda tudo: Loïc ganha o super jackpot na lotaria nacional. Apesar de todos os conselhos, decide mudar-se com a família para um palácio em Genebra, onde Loïc conhece Jean-Hubert, um consultor financeiro mal qualificado que o ajudará a aumentar a fortuna recém-adquirida… ou não. Pois Loïc tem um sonho: comprar a prestigiada fábrica de relógios Montrex, que demitiu o pai após anos de bons serviços. Mas com Loïc, nada acontece como esperado.

Estações de Paris: Um Património Revelado

RTP2, sexta, 22 de julho, 20h35

Documentário

As seis estações ferroviárias de Paris recebem todos os dias mais de 3000 comboios e mais de um milhão de viajantes vindos da França e de toda a Europa. As dimensões das estações são impressionantes: a Gare du Nord é maior do que o Louvre ou Notre-Dame de Paris. Estas estações ferroviárias são marcos arquitetónicos e um modelo de planeamento urbano, apesar das mudanças radicais que sofreram desde a sua construção em meados do século XIX.

Como é que as estações ferroviárias conseguiram absorver o extraordinário aumento de viajantes em apenas algumas décadas? Que obras colossais foram necessárias para erguer e modificar estes edifícios agora essenciais?

Das monumentais paredes de vidro da Gare du Nord à icónica torre da Gare de Lyon, à primeira estação de comboios totalmente elétrica, cada uma tem a sua própria história, características técnicas e uma imagem urbana bem definida. Através de filmagens aéreas nunca antes vistas, imagens geradas por computador e testemunhos de conceituados especialistas, o documentário de Constance de Guernon revela como estas catedrais modernas deixaram a sua marca na Cidade Luz.

Fotografia (2018)

RTP2, sexta, 22 de julho, 22h55

Filme

Uma fotografia irá mudar a vida de dois desconhecidos para sempre. Filme do cineasta indiano Ritesh Batra ("A Lancheira"), uma história de amor na sociedade indiana entre a tradição e o progresso.

Rafi é um fotógrafo de meia-idade, solteiro, solitário e de classe baixa que ganha a vida a fotografar transeuntes nas ruas de Mumbai em troca de algum dinheiro.

A avó, já idosa, sonha casá-lo antes de morrer e relembra-o disso a cada oportunidade. É assim que, cedendo à pressão, usa uma fotografia que tirou a uma desconhecida e mostra-a à avó, dizendo-lhe que é a rapariga com quem se irá casar em breve. Mas quando a velha senhora insiste em conhecê-la, Rafi apenas encontra uma solução: percorrer as ruas da cidade até a reencontrar e pedir-lhe que se faça passar por sua noiva durante a visita da família.

Miloni é uma jovem estudante de classe média, introvertida e calada, que parece quase sentir-se presa pelos limites que vêm de mão dada aos privilégios da sua posição na hierarquia social. Ao aceitar tornar-se cúmplice daquela mentira, a jovem vai alterar, para sempre, o seu destino e o de todos os envolvidos. Apesar das grandes diferenças culturais que os separam, os dois desenvolvem uma ligação surpreendente que os leva a questionar a forma como olham o mundo.

Mustang (2015)

RTP2, sábado, 23 de julho, 17h10

Filme

No início do verão, numa aldeia no norte da Turquia, Lale e as suas quatro irmãs, que terminaram as aulas, divertem-se na praia com alguns colegas da escola. O seu comportamento, apesar de inocente, provoca um escândalo de consequências inesperadas.

Órfãs de pai e mãe, as cinco irmãs estão à guarda da avó conservadora e à mercê dos caprichos do tio retrógrado. A casa da família transforma-se lentamente numa prisão, a escola é substituída por aulas de tarefas domésticas, de culinária, e os seus casamentos começam a ser arranjados.

Movidas pelo mesmo desejo de liberdade, as cinco irmãs procuram por todos os meios contornar as regras e os limites que lhes são impostos. "Mustang", como os cavalos selvagens, retrata a adolescência bela e indomável destas cinco heroínas.

Mathera

RTP2, sábado, 23 de julho, 20h05

Documentário

Matera tem sido o local mais representativo da vida agrícola e rural em Itália. Esta cidade fascinante está na lista do património mundial da UNESCO e foi nomeada capital europeia da cultura em 2019.

Reconhecida como um dos destinos turísticos mais desejados da Península Itálica, Matera está no coração de uma região extremamente fascinante, a Basilicata, onde tradição, ciência e tecnologia coexistem e prosperam juntas, criando uma ponte inesperada entre o passado folclórico e um futuro brilhante e promissor.

Festival ao Largo (estreia)

RTP2, sábado, 23 de julho, 22h00

Concerto

Três obras notáveis de três compositores brasileiros na comemoração dos 200 anos da independência do Brasil.

A história dos povos também se faz pela partilha de laços e de culturas que dialogam no tempo. Neste caso, especialmente importante pela relação de irmandade e língua que se faz ecoar através das artes entre dois países.

Naquele que é um dos momentos altos do Festival ao Largo, no âmbito das comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, apresentam três obras notáveis de três dos mais ilustres compositores brasileiros.

A ópera Fosca, de Carlos Gomes, a suite Bachiana Brasileira Nº4, de Heitor Villa-Lobos e o bailado afro-brasileiro Maracatu de Chico-Rei, de Francisco Mignone. Uma combinação única de obras que marca o regresso do maestro paulista Roberto Tibiriçá a Portugal.

Frágil como o Mundo (2001)

RTP2, sábado, 23 de julho, 23h35

Filme

Filme da cineasta portuguesa Rita Azevedo Gomes ("O Som da Terra a Tremer", "A Vingança de Uma Mulher", "A Portuguesa", "O trio em mi bemol"), que conta a história de um amor impossível.

Vera (Maria Gonçalves) e João (Bruno Terra) são dois jovens que se amam mas têm o tempo contra si. O desejo de estarem juntos obriga-os, numa espécie de jogo infantil, a fugirem dos amigos, de casa, das pessoas e do mundo. Isolados numa floresta, afastam-se de tudo. Fazem um pacto para nunca se separarem, "por nada deste mundo". Um com o outro, um para o outro, são capazes de tudo. Mas um dia Vera enfraquece e acaba por adoecer. Se ele não a pode deixar "por nada deste mundo", não pode também deixar de querer pedir ajuda. A fé inabalável no seu amor está prestes a quebrar.

Orquestra Gulbenkian - Lisboa Na Rua 2020

RTP2, domingo, 24 de julho, 23h00

Concerto

O maestro Mihhail Gerts dirige obras emblemáticas de Mozart, Haydn e Brahms.

Nos últimos anos, no fim do verão, a Orquestra Gulbenkian tem-se juntado ao Lisboa na Rua para apresentar ao ar livre, em vários locais da cidade, peças fundamentais e populares do repertório clássico trazendo a música erudita até a um público mais alargado. Este ano, não podendo fazer um grande concerto num dos jardins da cidade, a Orquestra atuou dentro de portas, no Grande Auditório.

Desde o primeiro acorde musical, a Abertura da ópera "Don Giovanni" prenuncia o trágico fim do protagonista. Obra-prima setecentista, resultante da profícua colaboração entre o compositor Wolfgang Amadeus Mozart e o libretista Lorenzo Da Ponte, "Don Giovanni" mistura vários géneros, incluindo a comédia, a farsa e a tragédia. Por seu lado, o humor, o equilíbrio e a elegância clássica caracterizam o Concerto para trompete de Joseph Haydn. Por fim, a Sinfonia n.º3 de Brahms transporta-nos para a era pós-Beethoven, tendo a obra sido caracterizada pelo maestro Hans Richter como a "Heroica" de Brahms.