Publicado em 9 Mai. 2017 às 15:06, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries
A série original da Netflix "13 Reasons Why" (em Portugal, "Por 13 Razões") vai ter uma segunda temporada com mais 13 episódios, anunciou o The Hollywood Reporter citando fonte do canal online.
Brian Yorkey continuará como showrunner e o regresso está previsto para 2018.
Baseada nos livros de Jay Asher, "13 Reasons Why" segue o adolescente Clay Jensen (Dylan Minnette) a partir da altura em que uma misteriosa caixa surge na varanda da sua casa. No interior da caixa, descobre várias cassetes gravadas por Hannah Baker (Katherine Langford), a colega de turma que se suicidara duas semanas antes. Nas cassetes, Hannah fala das treze razões pelas quais decidiu pôr fim à vida. A narrativa prossegue em paralelo, acompanhando Hannah e Clay, numa intrincada história que revela os dramas da vida dos estudantes de uma escola secundária norte-americana.
De acordo com a Netflix, a segunda temporada recomeça após a morte de Hannah Baker e acompanhará os difíceis percursos das personagens à medida que recuperam do choque e da dor causados pelo suicídio da jovem.
A renovação surge após uma onda de crítias em relação ao tom e aos detalhes mostrados na série. Os britânicos do New Statesman apelidaram-na de "sensacionalista" e "redutora" no tratamento dado ao tema do suicídio na adolescência. No Chicago Tribune, peritos mostraram-se preocupados. E uma crítica de televisão do The Guardian apelidou-a de "insensível".
As queixas levaram a Netflix a reforçar os avisos antes do início de cada episódio e a incluir um especial de 30 minutos no final da temporada onde o elenco, os produtores e um grupo de médicos e psicólogos fornecem pistas e conselhos para auxiliar jovens que sofram de tendências suicidas.
Ao mesmo tempo, Nic Sheff, autor do argumento do episódio que mostra em detalhe a morte de Hannah, defendeu as suas opções num texto publicado na Vanity Fair.
Com um passado de toxicodependência desde os 12 anos, Sheff revela ter ele próprio tentado o suicídio, numa época em que se julgou incapaz de abandonar a dependência. Justifica as opções tomadas em "13 Reasons Why" por a sua própria vida ter sido salva ao recordar-se do horror descrito por uma mulher que tentou matar-se ingerindo comprimidos. E conclui afirmando: "o suicídio, nunca é pacífico e indolor".