Cartaz de cinema

Clássicos franceses a partir de 12 de fevereiro na Filmin

Publicado em 9 Fev. 2021 às 16:13, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Cinema Europeu)

Clássicos franceses a partir de 12 de fevereiro na Filmin

Dos anos 30 à Nouvelle Vague, são 16 obras-primas essenciais para comprender a história do cinema francês e mundial.

A Filmin apresenta a coleção "Je ne sais pas quoi faire". Uma coleção com os clássico franceses dos anos 30 à Nouvelle Vague que chega à plataforma já esta sexta-feira, dia 12 de Fevereiro.

São 16 obras-primas, essenciais para a compreensão da história do cinema francês, filmes que mudaram o cinema, realizados por 10 dos maiores realizadores franceses entre 1936 e 1960, agora com versões digitais restauradas e legendas em português.

Filmes que integram a coleção:

O Crime do Sr. Lange, de Jean Renoir (1936)

Um homem e uma mulher chegam a um albergue perto da fronteira belga. Os hóspedes reconhecem o homem pela descrição da polícia. O seu nome é Amédée Lange, e é procurado pelas autoridades por ter assassinado Batala em Paris. A sua amiga Valentine conta a história que levou um homem empregado por Batala a tornar-se no seu assassino.

French Cancan, de Jean Renoir (1955)

Uma produtora de um teatro em Paris transforma uma humilde lavadeira numa estrela do Moulin Rouge, numa altura em que o can-can renasce nos clubes nocturnos franceses.

Helena e os Homens, de Jean Renoir (1956)

Helena, a jovem viúva de um príncipe polaco, vem viver para Paris julgando poder obter o maior sucesso junto dos homens. Uma vez este objectivo alcançado, abandona-os. Decide assim vir a ser a "musa" do general Rollan, o ministro de guerra, que será empurrado para um golpe de estado pelos seus oficiais. Mas um deles, o Conde de Chevincourt, igualmente apaixonado por Helena, faz abortar a conspiração ganhando o seu amor. Preso, Rollan consegue fugir graças à intervenção de Helena.

A Mulher do Padeiro, de Marcel Pagnol (1938)

Numa pequena aldeia, o novo padeiro, Aimable, instala-se com a sua mulher, Aurelie, que é bonita e muito mais jovem do que ele. Ela parte com o pastor depois de Aimable produzir a sua primeira fornada de pão. Em consequência, este fica tão perturbado que já não consegue trabalhar mais. Os aldeões, que tinham inicialmente gozado com ele e com a sua situação, resolvem enfrentar o caso com seriedade (eles querem o pão) e engendram um plano para encontrar Aurelie e a trazer de volta para a padaria.

A Filha do Poceiro, de Marcel Pagnol (1940)

Patricia, uma camponesa, fica grávida de Jacques, um piloto militar. Quando a guerra irrompe, Jacques serve na Segunda Guerra Mundial e a sua família recusa-se a ajudar financeiramente, tal como a família da rapariga, que acaba por ser expulsa de casa pelo seu pai. Patricia fica com a sua tia e dá à luz um rapaz. Quando Jacques é dado como morto na guerra, ambas famílias querem conhecer o novo elemento da família.

O Meu Pai Tinha Razão, de Sacha Guitry (1936)

Um arquitecto, deixado pela sua mulher, dedica-se à educação sentimental do seu filho Maurice, esforçando-se por transmitir o seu altruísmo. Anos mais tarde e muitos casos amorosos depois, Maurice apaixona-se por uma jovem rapariga com quem não se atreve a casar por medo de que esta o traia, tal como a sua mãe tinha enganado o seu pai. O que ele não sabe é que é o seu pai que os está a juntar.

Veneno, de Sacha Guitry (1951)

Depois de trinta anos juntos, um jardineiro e a sua mulher deparam-se com a contemplação de que desejam livrar-se um do outro, tendo o jardineiro já planeado como poderia negociar o seu eventual processo criminal, no seguimento do assassinato.

Aquela Loura, de Jacques Becker (1952)

Becker consegue algo raro, neste filme que é, talvez, a sua obra-prima: uma "reconstituição" de época (a Belle Époque) perfeita, no espírito do tempo. Casque d"Or (Simone Signoret) é a bela amante de um bandido, Manda (Serge Reggiani, na sua melhor interpretação de sempre), nesta história de amor, morte, amizade e ciúme.

O Último Golpe, de Jacques Becker (1954)

Depois de desistir da sua vida de gangster, Max está ansioso para passar o resto dos seus dias com a sua bela jovem namorada. Mas quando Riton, o seu melhor amigo e parceiro no crime, deixa os secretos planos de Max escaparem até chegarem a Josy, Max é forçado a regressar ao submundo do crime.

O Prazer, de Max Ophuls (1952)

Três histórias sobre prazer. Um homem esconde a sua idade atrás de uma máscara para poder ir a bailes e engatar mulheres – prazer e juventude. Madame Tellier leva as suas raparigas (prostitutas) à comunhão da sua sobrinha no campo – prazer e pureza. Jean é um pintor que se apaixona pelo seu modelo – prazer e morte.

Madame de…, de Max Ophuls (1953)

Na Paris do final do século XIX, Louise, mulher de um general, vende os brincos que o seu marido lhe deu como prenda de casamento: ela precisa de dinheiro para saldar as suas dívidas. O general volta a comprar os brincos em segredo para os dar à sua amante, Lola, quando esta está prestes a ir para Constantinopla, onde um diplomata Italiano, Barão Donati, os compra. De volta a Paris, Donati conhece Louise…e é então que Louise descobre o amor e se torna menos frívola.

Fim-de-semana no Ascensor, de Louis Malle (1958)

Estreia de Louis Malle na longa-metragem de ficção, depois de ter trabalhado com Jacques Cousteau. E não podia correr melhor, já que o filme receberia o Prémio Louis Delluc, para o melhor filme francês. Uma intriga policial em ambientes "à americana" (com música de Miles Davis e uma inquietante Jeanne Moreau), ASCENSEUR… era o prenúncio de que um "novo cinema" estava aí a chegar.

Dois Homens em Manhattan, de Jean-Pierre Melville (1959)

Um delegado francês das Nações Unidas desaparece abruptamente, enviando o repórter Moreau e o fotógrafo Delmas à sua procura.

O Testamento de Orpheu, de Jean Cocteau (1960)

Vestido com o traje de Luís XV, o Poeta encontra fantasmas simbólicos através de uma viagem misteriosa. Sem uma delimitação de espaço e tempo, ele revisita a sua infância, adolescência e velhice, encontra-se com uma cigana, com a sua mãe e com personalidades mitológicas. Numa mistura de realidade e poesia, ele procura uma sabedoria divina que faz a ligação entre as suas obras e as experiências que tem consigo mesmo.

Os Olhos Sem Rosto, de Georges Franju (1960)

O cirurgião Génessier deseja refazer o rosto de sua filha Christiane, que teve a face desfigurada após um acidente de carro. Para realizar o processo, será necessário extrair a pele de outras raparigas.

O Carteirista, de Robert Bresson (1959)

Em vez de seguir o conselho do seu bom amigo Jacques e procurar um emprego, Michel aventura-se e inicia uma carreira de carteirista. Enquanto carteirista, e apesar das suspeitas do comissário da polícia que o tem em permanente vigilância, Michel vai gradualmente aperfeiçoando as suas técnicas e tornando-se eufórico perante cada novo sucesso.