Cinemateca Portuguesa: detalhes das próximas sessões e ciclos

As sessões de cinema regressam Cinemateca Portuguesa, na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa, a 19 de abril, depois de um interregno de três meses. Durante este mês, as projeções terão ainda lugar num horário reduzido, com duas sessões diárias na Sala M. Félix Ribeiro, por volta das 15h30 e às 19h00, em boa parte organizadas como antecâmara da restante programação deste ano.

Serão realizadas 22 sessões assentes em três eixos da programação.

Brevemente neste cinema

Um conjunto de catorze sessões que antecipam os temas dos principais ciclos a apresentar no resto do ano. No próprio dia da reabertura, 19 de abril, às 19h00, aquela que será finalmente a inauguração do ciclo "Os Mares da Europa", prevista para 14 de janeiro e que não chegou a efetivar-se devido ao confinamento. Este ciclo integra o programa cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e prosseguirá a partir de 3 de maio. O arranque faz-se com obras dos primórdios do cinema (Irmãos Lumière e Harry Short) e com um dos mais célebres títulos de Jean Epstein ("Finis Terrae", 1929), acompanhadas ao piano por João Paulo Esteves da Silva.

Filmes portugueses em cópias novas

Primeiras exibições na sala da Cinemateca de três trabalhos de laboratório feitos no âmbito da preservação e divulgação do cinema português (tanto analógicos como digitais): "O Movimento das Coisas", de Manuela Serra (1985), "Cartas na Mesa", de Rogério Ceitil (1975) e "As Armas e o Povo" (colectivo, 1975).

Novas edições

Quatro sessões especiais serão articuladas com o lançamento de novas edições, da Cinemateca e não só. Duas delas surgem a propósito da divulgação do livro "Luis Miguel Cintra: o cinema", homenagem ao ator e encenador, com a presença do próprio e dos realizadores Pablo Llorca e Ricardo Aibéo. Outra refere-se a mais uma nova edição da casa – "A Coleção Colonial da Cinemateca" – neste caso em evocação dupla da autora (Joana Pimentel 1953-2018) e de Joaquim Lopes Barbosa, falecido já este ano, de quem exibimos a sua única longa-metragem, "Deixem-me ao menos subir às palmeiras" (1972). Finalmente, em mais uma sessão dedicada ao cinema português, é destacado o último livro de José Bértolo, editado pela Documenta, "Espectros do Cinema – Manoel de Oliveira e João Pedro Rodrigues".

A partir de 3 de maio, em princípio já com três sessões diárias, a Cinematece retomará a programação organizada por ciclos, que, este ano, e tanto quanto é possível prever, decorrerá depois de forma ininterrupta até final do ano.

Até ao momento, estão previstos os seguintes ciclos:

• Revisitar os grandes géneros: O Noir (Parte I - No Coração do Noir; Parte II - Disponíveis Para o Noir)
• Oo Cinema Italiano, Lado B
• Alexander Kluge (em colaboração com a Casa do Cinema Manoel de Oliveira)
• Sarah Maldoror (em colaboração com o Indielisboa)
• Peter Bogdanovich e Carta Branca a P. Bogdanovich
• O Cinema Francês Sob Ocupação
• Pál Fejos
• Jacqueline Audry (em colaboração com a Festa do Cinema Francês)
• Allan Dwan
• Chris Marker
• Lois Weber
• Centenários de: Jane Russell, Deborah Kerr, Simone Signoret, Yves Montand, Dirk Bogarde

A calendarização definitiva será objeto de informação gradual, em função das circunstâncias.