Publicado em 29 Out. 2020 às 20:28, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Box office)
A associação de exibidores de cinema em Espanha cita um relatório do governo e queixa-se de medidas desproporcionadas que afetam o setor.
Dados apresentados pelo Ministério da Saúde espanhol afirmam que só há conhecimento de um surto de COVID-19 originário de atividades culturais nos quatro meses desde a reabertura do setor. A Federação Espanhola de Cinemas (FECINE) cita um relatório produzido pelo Centro de Coordinación de Alertas y Emergencias Sanitarias que divide os 8 488 surtos detetados por áreas de atividade económica e sublinha que não há conhecimento de que o único foco de contágio ligado à cultura tenha ocorrido numa sala de cinema.
Preocupada com a situação delicada do setor, a associação de exibidores sublinha que a incidência da Covid-19 em atividades culturais é marginal, com apenas 0,01% de surtos em espaços culturais, o que significa menos casos e surtos do que as originadas em todas as outras áreas, de hotéis a bares e restaurantes, ou eventos desportivos.
Para os proprietários de salas de cinema em Espanha, estes dados demonstram a segurança nas salas e realçam dois fatores:
Os cinemas recordam ainda o protocolo de segurança em vigor que inclui o aumento da ventilação das salas, separação de espectadores e redução nas lotações, incremento na limpeza dos espaços e colocação de dispensadores de desinfetante.
Perante isto, queixa-se a FECINE de "medidas desproporcionais" tomadas em diferentes comunidades autónomas, como Catalunha, Navarra, Castilla y León, ou Aragão, que chegaram a obrigar ao encerramento de salas, ou a proibir o consumo de comida e bebidas. Pedem uma "harmonização de critérios" que não coloque em risco a viabilidade do setor.
O mesmo comunicado de imprensa da FECINE aponta ainda para um artigo do site Celluloid Junkie que afirma não ter localizado notícias de surtos de COVID-19 com origem em salas de cinema em alguma parte do mundo.