Cartaz de cinema

Cannes a rir com Palma de Ouro para "Triangle of Sadness"

Publicado em 28 Mai. 2022 às 21:15, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Festivais de cinema)

Cannes a rir com Palma de Ouro para "Triangle of Sadness"

O realizador sueco venceu o festival pela segunda vez, cinco anos após "O Quadrado".

"Triangle of Sadness", do sueco Ruben Ostlund, venceu a 75.ª edição do Festival de Cannes e recebeu a correspondente Palma de Ouro. O palmarés foi anunciado ao início da noite de sábado.

Com Woody Harrelson no papel de um marxista comandante de iate de luxo e uma galeria de personagens quase todas detestáveis, "Triangle of Sadness" apresenta-se como umaátira contemporânea que começa no mundo da moda, prossegue num cruzeiro a bordo de um iate de luxo e toma um rumo inesperado durante um lauto jantar durante uma violenta tempestade.

O título refere-se a um termo usado por cirurgiões plásticos para uma correção de rugas entre os olhos com recurso a Botox.

Os prémios de consolação foram ambos partilhados.

O Grande Prémio do Júri foi repartido por "Stars at Noon", de Claire Denis, sobre uma jornalista americana e um misterioso inglês que tentam escapar da Nicarágua, e "Close", de Lukas Dhont, sobre dois amigos de 13 anos, separados por um acontecimento impensável.

O Prémio do Júri foi entregue a "EO", viagem de um burro cinzento de olhos melancólicos através do mundo dos humanos, realizado pelo polaco Jerzy Skolimowski, e "Otto Montagne", dos suíços Charlotte Vandermeersch e Felix van Groeningen, a história de Pietro e Bruno da infância à idade adulta numa aldeia alpina.

"Decision to Leave", thriller sobre um detective que se apaixona pela principal suspeita de um homicídio deu o prémio de melhor realização ao coreano Park-Chan Wook.

Os belgas Jean Pierre e Luc Dardenne receberam um Prémio Especial criado para o 75.º aniversário do Festival por "Tori et Lokita" que decorre na Bélgica atual e segue um menino e uma adolescente que viajaram sozinhos desde África.

O prémio de melhor atriz coube à iraniana Zar Amir Ebrahimi que em "Holy Spider", de Ali Abbasi, é uma jornalista em perseguição a um assassino em série de prostitutas numa cidade santa do islamismo. O melhor ator foi o coreano Song Kang-Ho, pelo seu papel em "Broker", do japonês Hirokazu Kore-eda, filme sobre o abandono de bebés.

"Boy From Heaven", policial passado no Cairo e no epicentro do poder no Islão sunita, realizado por Taki Saleh, recebeu o prémio para o melhor argumento da competição.