Canal Odisseia transmite polémico documentário sobre a Princesa Diana

Assinalando o vigésimo aniversário da morte da Princesa de Gales, o canal Odisseia apresenta na quinta-feira, 31 de agosto, pelas 22h00, o polémico documentário "Diana, nas suas próprias palavras" que a casa real britânica tentou proibir.

Numa compilação de gravações inéditas, em video e audio, protagonizadas pela própria Diana, a Princesa de Gales fala abertamente sobre a sua vida publica e privada, bem como das "estranhas e escassas" relações sexuais com Carlos de Inglaterra.

"Haver, houve, embora de forma estranha, muito estranha", refere Diana, acrescentando que Carlos não sabia beijar, só fazia amor a cada três semanas, e que depois do nascimento do principe Henry isso se tornou ainda mais raro.

O realizador Kevin Sim foi encarregado de dar forma a um total de 21 horas de gravações inéditas, complementadas com declarações de figuras próximas de Diana de Gales, depois de Peter Settelen ter ganho em 2004 uma batalha legal de vários anos com a família real sobre a propriedade das gravações.

A estreia no Channel 4, no Reino Unido, foi um sucesso de audiências com 3,5 milhões de espetadores, mais do dobro da media do canal.

O triste noivado, o aparecimento de Camilla Parker Bowles e a admissão de uma paixão por um dos seus guarda-costas, cuja morte Diana insinua ter sido tudo menos acidental, são outros temas abordados nas gravações, recolhidas entre 1992 e 1993 no palácio de Kensington pelo seu professor de oratória, Peter Settelen, contratado pela princesa para vencer o medo de falar em público, e que acabaram por se revelar verdadeiras sessões de psicoterapia.

Lady Di descreve tambem o seu casamento como "o pior dia da sua vida" e salienta o suplício que constituía ter de fingir uma falsa vida de conto de fadas.

Conta também que quando pediu apoio à rainha Isabel II se limitou a responder que "Carlos não tem remédio".

Este documentário será imediatamente seguido de um outro intitulado "Diana, o Dia em que Todos Choraram", previsto para as 23H00. Narrado pela atriz Kate Winslet vai recordar o dia em que o mundo parou para chorar a morte da "princesa do povo".

A 6 de setembro de 1997, um milhão de pessoas saiu à rua para acompanhar o caixão, 32 milhões seguiram-no pela televisão no Reino Unido e calcula-se que mais de 2.500 milhões um pouco por todo o mundo terão acompanhado as cerimónias fúnebres, transformando o funeral num dos eventos televisivos com maior audiência da história.

Dirigido por Leslie Woodhead, este documentário recorda como foi esse dia vivido pelas pessoas que nele