Bryan Cranston de "Breaking Bad" vai ser escritor da lista negra

Bryan Cranston, o Walter White da série televisiva de sucesso "Breaking Bad" vai ser um dos autores perseguidos durante o final da década de 40 e toda a década de 50 por suspeita de ser simpatizante comunista.

A biografia de Dalton Trumbo, será adaptada ao cinema por Jay Roach numa radical mudança de rumo para o realizador de comédias como "Austin Powers", ou "Um Sogro do Pior".

Trumbo foi incluído na lista negra em 1947, após recusar depor para a Comissão de Atividades Contra a América (House of Un-American Activities Committee), a organização federal encarregue de investigar possíveis infiltrações comunistas nos EUA.

Criada em finais da década de 30, a comissão acabou por subir em relevância logo após o final da Segunda Guerra Mundial quando a histeria anti-comunista se instalou nos Estados Unidos, em simultâneo com o início da Guerra Fria.

Em 1947, a comissão decidiu investigar Hollywood. Dalton Trumbo foi um dos dez nomes que recusou depor. Como consequência, passou a fazer parte da lista negra de pessoas impedidas de trabalhar na indústria do cinema.

No total, mais de 300 atores, realizadores, escritores, músicos e técnicos foram incluídos nessa lista. Alguns, como Orson Welles, ou Charlie Chaplin, saíram do país. Outros mantiveram-se no ativo usando pseudónimos. Foi isso que fez Trumbo. Na clandestinidade, assinou os argumentos de filmes como "Roman Holiday" (vencedor de três Oscars em 1953), "Spartacus" e "Exodus".

Dalton Trumbo morreu em 1976.

A biopic protagonizada por Bryan Cranston tem o início da produção previsto para 2014.