Bem-vinda a Portugal, Disney+

A partir de 15 de setembro, passa a estar disponível em Portugal o novo serviço de streaming da Disney. De início, propõe mais de 600 filmes, para cima de 100 séries e muitos outros conteúdos. O foco principal são as crianças e as famílias.

Do catálogo de propostas fazem parte os Clássicos da Disney, todos os filmes da saga Star Wars, mais de 30 filmes da Marvel, longas e curtas-metragens da Pixar, documentários e séries da National Geographic e mais de 30 filmes e séries produzidas de propósito para a Disney Plus, entre os quais "The Mandalorian", bem como as 30 temporadas da popular série de animação "Os Simpsons", com mais de 600 episódios disponíveis.

Quanto custa o Disney +

Até 14 de setembro foi possível efetuar uma subscrição anual antecipada ao preço promocional de 59,99 €. A partir de 15 de setembro, o preço da subscrição anual sobe para 69,99 €. Se preferir pagar mensalmente, o serviço fica a 6,99 € por mês.

O que pode ver no Disney+

A Walt Disney promete acesso aos conteúdos das várias marcas da empresa num só lugar, reunindo, além das produções Disney, as que pertencem às empresas adquiridas pela gigante norte-americana nos últimos anos: Pixar (integra o grupo Disney desde 2006), Marvel (2009), Lucasfilm (2012), National Geographic (2015) e Fox (2019), bem como conteúdo original e exclusivo da plataforma.

A promessa inclui sucessos de bilheteira como "O Rei Leão" e "Vingadores: Endgame", documentários premiados como "Free Solo", clássicas séries como "Hannah Montana" e conteúdos originais como "O Garfy Pergunta"; acesso a mais de 30 filmes Marvel incluindo "Capitão America", todos os filmes da coleção "Vingadores", "Black Panther", a coleção "X-Men" e séries Marvel que incluem, entre outras, "Agent Carter" e "Os Vingadores Unidos".

O Disney+ será ainda a casa da saga Skywalker, disponibilizando os filmes Star Wars do episódio I até ao IX. Os espectadores podem ainda assistir a "The Mandalorian", série escrita e produzida por Jon Favreau, recentemente nomeada para 15 Emmys.

Da Pixar são mais de 20 os filmes disponíveis no lançamento do Disney+, incluindo "Toy Story 4", "The Incredibles 2: Os Super-Heróis", "Carros" e "À Procura da Dory", assim como as curtas "Sair" e "Bao".

O documentário da National Geographic "Jane", nomeado para um BAFTA, o documentário "Dentro do Okavango" e a série "One Strange Rock" também estarão disponíveis no serviço.

Outro ponto forte é o arquivo histórico da Disney: clássicos como "Cinderela" e "A Pequena Sereia" estarão disponíveis no serviço, assim como alguns sucessos mais recentes do cinema como "Frozen: O Reino do Gelo" e "Aladdin".

Todos esses títulos ficarão ao lado do catálogo da recém-adquirida 20th Century Fox, entretanto rebaptizada 20th Century Studio, de que fazem parte grandes êxitos de bilheteira como a "A Idade do Gelo", "Sozinho em Casa" ou "Avatar", de James Cameron.

Onde e como pode ver a Disney+

Desde o dia do lançamento, os subscritores podem aceder ao serviço na maioria dos dispositivos móveis e televisões, computadores, consolas de jogos e dispositivos de streaming.

Sem anúncios, e em até quatro ecrãs em simultâneo, com downloads ilimitados até 10 dispositivos, recomendações personalizadas e com possibilidade de criar sete perfis de utilizador diferentes. O serviço inclui ainda a possibilidade de definição de perfis infantis, com menus ainda mais simples, para que as crianças naveguem de forma intuitiva e tenham acesso a conteúdo apropriado para a sua faixa etária.

Pontos fortes e fracos

Se é inegável a riqueza da biblioteca de conteúdos da Disney, o mesmo não se pode dizer da sua variedade nem do interesse das séries originais. Para lá de "The Mandalorian", pouco mais há digno de nota. Muitos produtos como "High School Musical: O Musical: A Série", "O Mundo Segundo Jeff Goldblum", ou "A História da Imagineering" e sucedâneos.

O que para alguns é o ponto forte, para outros será razão suficiente para se manterem longe. Na verdade, o Disney+ é um serviço com um público alvo importante, mas restrito. Servirá crianças e adolescentes, fãs de filmes de super-heróis e pais que queiram algo para assistir com os filhos. Qualquer adulto que pretenda um programa fora do registo inócuo típico da Disney, ou algo um pouco mais desafiante, terá de procurar noutro lado.

Uma última palavra para o filme "Mulan" em ação real, que o estúdio decidiu não estrear nos cinemas. Ficará nas prateleiras até 4 de dezembro, e só então estará disponível como parte integrante da oferta para todos os subscritores da Disney+. Uma decisão pouco compreensível.

Tal como anunciado anteriormente, a partir de 15 de setembro o serviço passa a estar disponível em Portugal, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Bélgica e Luxemburgo, que assim se juntam à primeira vaga de territórios europeus onde o Disney+ fora lançado anteriormente.