Publicado em 9 Mar. 2014 às 14:42, por filmSPOT, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Bastidores)
Vários países muçulmamos proibiram a exibição pública do filme de Darren Aronovsky por ir contra à lei islâmica.
Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos proibiram a estreia do épico "Noé" realizado por Darren Aronovsky (Cisne Negro) e protagonizado por Russell Crowe.
A informação foi transmitida por um representante da Paramount, distribuidor mundial do filme.
Segundo as autoridades daqueles países, "Noé" contradiz os ensinamentos do Islão.
Espera-se que decisões semelhantes sejam conhecidas muito em breve no Egipto, Jordânia e Kuwait.
No Cairo, o centro de ensinamentos islâmicos da Universidade de Al-Azhar, autoridade máxima da corrente sunita, emitiu um parecer que: "renova a sua objeção a qualquer ato representando os mensageiros e profetas de Deus e os companheiros do Profeta (Maomé)".
Segundo o mesmo comunicado, o filme "provoca os sentimentos dos crentes (...) está proibido no Islão e viola claramente a lei islâmica", conclui a opinião emitida pelos muftis do Al-Azhar, a mais antiga universidade islâmica do mundo.
As polémicas religiosas têm ocorrido também nos EUA. O afastamento do original relatado no Velho Testamento deu origem a algumas reservas e protestos junto de setores cristãos.
Em resposta, a Paramount passou a incluir a seguinte mensagem nos materiais de promoção a "Noé:
"Este filme é inspirado na história de Noé. Apesar das liberdades artísticas que possam ter sido tomadas, acreditamos que é fiel à essência, valores e integridade de uma história que constitui a base da fé de milhões de pessoas em todo o mundo. A história bíblica de Noé pode ser encontrada no livro do Génesis."
A estreia mundial de "Noé" está marcada para 26 de março. A Portugal, o filme chega a 10 de abril.