Cartaz de cinema

Atriz de "Unorthodox" vai ser Golda Meir na minissérie "Lioness"

Publicado em 2 Mar. 2021 às 11:29, por António Quintas, em Notícias de televisão e séries (Temas: Primeiro olhar, Elenco)

Atriz de "Unorthodox" vai ser Golda Meir na minissérie "Lioness"

Shira Haas vai ser a primeira-ministra israelita, figura influente na história política do país desde a sua fundação até aos anos 70.

Shira Haas vai interpretar Golda Meir numa minissérie de um dos produtores de "The Handmaid's Tale". A atriz conseguiu fama mundial com o papel de uma jovem que tenta fugir à opressão de uma seita conservadora e retrógrada em "Unorthodox", da Netflix. Graças a esse trabalho, tornou-se a primeira atriz israelita vencedora de um Globo de Ouro e nomeada para os Emmy Awards da televisão norte-americana.

Eric Tuchman (um dos produtores executivos de "The Handmaid"s Tale" e showrunner da comédia "Kyle XY") vai escrever e produzir os episódios que serão realizados por Mimi Leder (também dirigiu a série "The Morning Show" para a Apple TV).

Outros nomes conhecidos que surgem na lista de produtores incluem Barbra Streisand, na primeira vez que a atriz vencedora de dois Óscares e quatro Emmys se envolve num projeto de ficção televisiva; e ainda Denise Di Novi através da sua parceria na PatMa Production com Nina Tessler.

A base para a criação da minissérie será o livro "Lioness: Golda Meir and the Nation of Israel", biografia escrita por Francine Klagsburn.

Originária de Kiev, na Ucrânia, Golda Meir tinha oito anos quando se mudou para os Estados Unidos onde passou a infância com os pais emigrantes. Casou em 1917 e, quatro anos mais tarde, foi viver para a Palestina, com o marido. A sua capacidade de liderança valeu-lhe a entrada na política ainda no período anterior à formação do estado judaico. Esteve envolvida nas negociações com os britânicos para a partição da Palestina e foi uma de duas mulheres signatárias da declaração de independência de Israel, em 1948. Seguiram-se anos como enviada a Moscovo para negociar as relações entre o regime comunista e as comunidades judaicas e o posto de ministra do trabalho entre 1949 e 1956 quando mudou para a pasta dos negócios estrangeiros.

Problemas de saúde obrigaram-na a retirar-se brevemente da vida pública, em 1966. Regressou em 1969 para assumir o cargo de primeira-ministra, a única mulher até ao momento a ocupar esse cargo em Israel. Manteve-se na chefia do governo até 1974 enfrentando momentos críticos da curta história do país: o assassinato dos atletas israelitas durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972; a vingança que se seguiu com as mortes dos responsáveis às mãos da Mossad; e a Guerra do Yom Kippur, em 1973, o ataque surpresa das forças armadas sírias e egípcias que apanhou Israel mal preparada e quase levou os soldados árabes ao coração do país. O mal-estar e as divergências que aparecerem na sequência do conflito, levaram Meir a demitir-se do governo, em 1974. Morreu de linfoma em 1978.