Publicado em 5 Ago. 2024 às 22:21, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries (Temas: Estreias)
O Canal História apresenta um novo capítulo na história do nazismo, marcada por atrocidades e um regime opressor, com a série documental "As Serviçais de Hitler" que revela o papel das mulheres na construção e manutenção do Terceiro Reich.
A série documental "As Serviçais de Hitler" revela outro lado sombrio da história nazi, ao mostrar o papel ativo das mulheres no Terceiro Reich. Contrariando a imagem habitual de passividade feminina, a série "As Serviçais de Hitler" mostra a intervenção das mulheres como propagandistas, líderes de organizações e como algumas delas apoiaram ativamente Adolf Hitler, assumindo papéis de relevância no regime.
Os quatro episódios da curta série que o Canal História estreia segunda-feira, 5 de agosto, às 22h15, em sessão dupla, exploram as motivações dessas mulheres, desde a adesão fanática à ideologia nazi até a procura incessante por poder e estatuto.
Ao apresentar histórias individuais, a série investiga os mecanismos que levam pessoas comuns a cometer atos horríveis e convida a refletir sobre o papel das mulheres em contextos históricos e políticos complexos ao questionar as narrativas dominantes sobre este tema.
Ao longo dos quatro episódios de sessenta minutos a exibir nas segundas-feiras de 5, 12 e 19 de agosto, a série destaca as histórias de várias mulheres que desempenharam funções significativas no Terceiro Reich, seja como propagandistas, oficiais das SS, médicas ou mesmo esposas de líderes nazis.
Título original: "Hitler's Handmaidens, The Women of Hitler's Germany"
5 agosto, 22h15
Podiam autodenominar-se Führers Femininos, mas as mulheres do Partido Nazi eram mantidas longe de funções de liderança. Promovidas por Hitler e os seus homens para a dianteira do movimento, mulheres como Gertrud Scholtz-Klink, Magda Goebbels, Jutta Rudiger e Leni Reifenstahl estavam incumbidas de fomentar a devoção ao ideal de "Kinder, Kuche, Kirche" – "Filhos, Cozinha, Igreja". Como esposas de líderes nazis e dirigentes de organizações de raparigas e mulheres, estes Führers Femininos endoutrinavam a próxima geração de nazis, destacando a maternidade e a família como os papéis mais importantes que as mulheres poderiam ter no III Reich. Quando o Partido Nazi assumiu o poder, elas eram as rainhas da propaganda, sorrindo alegremente às multidões enquanto os líderes do partido retiravam os direitos às alemãs e as obrigavam a voltar para casa.
5 agosto, 23h08
Com o estalar da guerra, em finais dos anos 30, as mulheres, a quem for a prometido um futuro como donas de casa e mães, teriam um papel muito mais ativo nas atrocidades do Partido Nazi – algo que a História tem tido dificuldade em aceitar. Lembradas durante décadas como domésticas passivas ou, no máximo, como observadoras alheadas, uma perspetiva moderna revela o papel muito mais sinistro a que as mulheres alemãs se dispuseram, como facilitadoras do Holocausto. Foram tão responsáveis quanto os homens. Das secretárias que assinavam as sentenças de morte de judeus às guardas dos campos de concentração, passando por assassinas a sangue-frio nos Territórios de Leste ocupados, uma reavaliação da História demonstra que algumas das maiores barbaridades do Holocausto podem ser atribuídas a mulheres como Pauline Kneissler, Hermine Braunsteiner, Liselotte Meier e à Hiena de Auschwitz, Irma Grese.
12 agosto, 22h15
Este episódio enquadra o papel da mulher em todos os aspetos não só do Partido Nazi como de toda a vida política naquela época. Não eram apenas as mulheres arianas ideais do movimento, estiveram presentes desde o início, catalisando tudo o que Hitler alcançaria mais tarde. Conservadoras ricas, ou pilares da sociedade como Helene Bechstein e Winifred Wagner, sentiam-se ameaçadas pelos movimentos progressistas da República de Weimar e, na esperança de devolver a Alemanha aos tempos áureos, associam-se ao Partido Nazi, financiando as suas ambições políticas e instruindo Hitler em como passar de agitador a político sagaz, infiltrando-o nos círculos de doadores abastados que lançariam o seu partido para o poder.
19 agosto, 22h15
Adolf Hitler cresceu numa família turbulenta, com um pai violento e uma mãe excessivamente protetora. O que resultou desse caldo de emoções foi um homem perturbado dado a perversões sexuais e a uma visão distorcida das mulheres à sua volta. Uma obsessão de dois anos por uma jovem a quem nunca se atreveu a dirigir a palavra definiria os seus romances posteriores – mulheres secretas condenadas à desgraça. Incentivado a permanecer solteiro para que as mulheres o adulassem e pudesse afirmar que era "casado com a Alemanha", Hitler nunca casou oficialmente, tendo obsessões proibidas e romances secretos com a meia-sobrinha Geli Raubal, a estrela de cinema Renata Mueller, e a mulher que se suicidaria com ele no bunker, Eva Braun. Todas estavam destinadas a morrer – algumas em circunstâncias misteriosas.