"Transformers" também vão ter universo cinematográfico
Publicado em 29 Mar. 2015 às 19:38, por António Quintas, em Notícias de cinema (Temas: Indústria cinematográfica, Cinema Norte-Americano)
A moda dos "universos cinematográficos" em Hollywood ameaça transformar a lista de estreias numa mera sucessão de produtos decalcados a partir de um reduzido número de matrizes.
Primeiro veio a Marvel. Depois a DC Comics. A Lucasfilm com o seu Star Wars, a Disney com os clássicos de animação, a Universal com os monstros.
A Paramount Pictures, a única major sem uma marca forte para explorar até à exaustão, chamou Michael Bay (realizador, produtor) e Lorenzo di Bonaventura (produtor) a fim de resolverem o problema. Juntos, vão recrutar Akiva Goldsman, o produtor de filmes como "O Código Da Vinci", "Poseidon", ou "Eu Sou a Lenda", para desenvolver um conjunto de spin-offs e sequelas baseadas nos "Transformers".
A notícia foi dada pelo The Hollywood Reporter e carece de confirmação oficial por parte do estúdio.
Até agora, a Paramount lançou quatro filmes baseados na linha de brinquedos da Hasbro que somaram 3,8 mil milhões de dólares de receita, em todo o mundo.
O conceito do "universo cinematográfico" expande a ideia dos blockbusters de sucesso que servem de base a sequelas. Pega em toda uma série de personagens (os super-heróis, nos casos da Marvel e DC Comics, ou os confrontos interplanetários no caso de Star Wars) e cria um arco narrativo em que os protagonistas agem em conjunto, ou a solo.
Esta estratégia dos grandes estúdios acaba por traduzir-se em quase três dezenas de filmes com super-heróis programados até 2020, meia dúzia de histórias retiradas dos baús da animação clássica da Disney e mais uns quantos "Star Wars" e derivados. Juntem-se as animações da Pixar, Illumination e similares e os verões de blockbusters parecem definidos para os próximos cinco anos.
