Realizador diz que só farão mais sequelas de "Regresso ao Futuro" por cima do seu cadáver

Quem estivesse a pensar numa nova versão de "Regresso ao Futuro" pode muito bem tirar o cavalinho da chuva. Em declarações ao jornal The Telegraph, Robert Zemeckis, realizador e argumentista da trilogia protagonizada por Michael J. Fox, afirmou, sem margem para dúvidas:

"Oh meu Deus, não. Isso não acontecerá até estarmos ambos mortos [referindo-se a ele próprio e ao co-argumentista Bob Gale]. Nessa altura, se os nossos herdeiros não conseguirem impedi-lo, tenho a certeza de que irão avançar."

O contrato de Zemeckis e Gale com a Amblin, de Spielberg, e a Universal Pictures, estipula que os dois têm a palavra final sobre qualquer nova versão que possa vir a ser feita.

Zemeckis admite que os novos filmes seriam um sucesso mas, mesmo assim, prefere colocar essa opção de parte. Chega mesmo a comparar "Regresso ao Futuro" com "Citizen Kane", o filme de Orson Wells, considerado um dos melhores alguma vez feitos:

"É como falar numa nova versão de 'Citizen Kane'. Quem iria desempenhar o papel de Kane? Que loucura, que insanidade essa! Por que razão alguém faria uma coisa dessas?"

Robert Zemeckis, de 63 anos, assinou, entre outros, filmes como "Forrest Gump" (pelo qual recebeu um Oscar de melhor realizador, em 1994), "Quem Tramou Roger Rabbit", ou "Contacto". 

Após uma série de projetos falhados na área da animação com recurso a captura de movimentos (onde foi ultrapassado pela Weta, de Peter Jackson), Zemeckis regressou a temas mais adultos.

Depois de "Flight", com Denzel Washington, prepara-se para estrear "The Walk", a história do francês Philippe Petit que tentou atravessar as Torres Gémeas do World Trade Center, em 1974.