"Pobres Criaturas" ganha Festival de Veneza

Final de festa esta tarde no Lido com a entrega dos prémios da edição 80 do Festival de Veneza e Leão de Ouro para "Pobres Criaturas", do grego Yorgos Lanthimos. O filme com Emma Stone no papel de uma suicida que regressa à vida e descobre o mundo sem regras nem moral é um novo olhar sobre a história de Frankenstein.

O júri presidido por Damien Chazelle e composto por Saleh Bakri, Jane Campion, Mia Hansen-Løve, Gabriele Mainetti, Martin McDonagh, Santiago Mitre, Laura Poitras e Shu Qi, atribuiu ainda o Grande Prémio do Júri a "O Mal Não Existe", do japonês Ryusuke Hamaguchi e o Leão de Prata para a melhor realização ao italiano Matteo Garrone por "Io Capitano", odisseia de dois migrantes desde o Senegal até à Europa.

A Taça Volpi para a melhor interpretação feminina foi entregue a Cailee Spaeny pelo filme "Priscilla", de Sofia Coppola, dramatização do casamento entre Priscilla e Elvis Presley. Do lado masculino, o premiado foi Peter Sarsgaard pelo seu trabalho em "Memória", do mexicano Michel Franco.

Guillermo Calderón e Pablo Larraín partilharam o prémio de melhor argumento por "O Conde", comédia de horror onde o ditador chileno Pinochet surge como um vampiro que deseja a morte.

Seydou Sarr, levou o prémio de ator revelação pelo trabalho em "Io Capitano".

Por fim, o júri decidiu ainda atribuir um prémio especial a Zielona granica (A fronteira verde) da polaca Agnieszka Holland, outra história de migrantes em busca de uma vida melhor na Europa.

O festival de Veneza, marcado pela ausência de muitos atores norte-americanos devido à greve que está a decorrer em Hollywood, começou a 3 de agosto e teve 23 longas-metragens na principal secção competitiva.