Pixar faz marcha-atrás e reduz nas sequelas

A Pixar quer regressar ao espírito inicial da empresa. Não porque os projetos recentes tenham fracassado comercialmente (apesar de "Cars 2" ter ficado um pouco abaixo das expectativas), mas para contrariar a ideia de que o estúdio de animação estava a repousar sobre os louros conquistados em vez de apostar em ideias originais.

As contas são fáceis: entre a primeira dezena de longas-metragens da Pixar, houve apenas uma sequela (Toy Story 2); a fornada seguinte incluiu apenas um filme original.

A esta acusação, o presidente da Pixar - e da Walt Disney Animation - Ed Catmull responde numa entrevista ao site Buzzfeed com o anúncio de um nova estratégia para os anos que se avizinham.

Catmull reconhece a deriva para as sequelas e prequelas, mas garante que após a continuação de "Finding Nemo" (com o título "Finding Dory") haverá uma inversão no rumo com uma maior aposta em longas metragens a partir de novos conceitos.

Em termos práticos, eis como tudo se irá passar, nas palavras do presidente da Pixar: "Anualmente, vamos ter um filme original e, ano sim, ano não, teremos uma sequela" - diz Catmull.

Na mesma entrevista, Ed Catmull dá particular ênfase à necessidade de criar uma nova geração de cineastas com o tal espírito Pixar dos primeiros tempos. Daí a necessidade de trazer sangue novo para o comando, algo que ocorre já na próxima estreia, "The Good Dinossaur", prevista para 30 de maio de 2014, e que será dirigida por Bob Peterson, co-diretor de "Up" sob as ordens de Pete Docter.

O alinhamento da Pixar segue com "Inside Out", a 19 de junho de 2015; e "Finding Dory", a 25 de novembro de 2015.